Abuso sexual deixa menor em depressão profunda em Cuiabá

Após sofrer abusos sexuais por mais de um ano, provocados por um "raizeiro" de aproximadamente 60 anos, o estudante S., 17, teve um surto psicótico ao repetir que "já estava morto" e ficou internado 25 dias no Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho. De volta a sua casa no Alvorada, ele continua em depressão profunda, passa o dia deitado na cama e tem medo de sair do quarto. Somente para as irmãs ele teve coragem de contar que recebia dinheiro do pedófilo para ser o "homem" nas relações sexuais. De origem humilde, o adolescente é um dos 11 filhos de um casal lavradores que até pouco tempo vivia numa área rural em Chapada dos Guimarães. A mãe acredita que os abusos começaram ano passado, quando o filho passou a frequentar um pequeno comércio de venda de produtos naturais próximo da rodoviária e também da casa onde mora. Ela diz que ouviu "conversinhas de vizinhos" e até alerta de alguns que já sabiam que o homem já havia abusado de outros garotos. "O guri negava sempre, até parou de ir lá, mas o velho vinha aqui chamar ele e falava que era pra limpar a farmácia", relata. Ela e o marido reconhecem que nunca tiveram a preocupação de conhecer o suposto "empregador" do filho. Porém, o pai diz que o filho começou a "limpar" a pele e lavar o rosto a todo momento. Segundo ela, no dia 18 de maio, uma sexta-feira, ele ainda foi na escola onde cursava o 1º ano do Ensino Médio. No sábado, passou o dia deitado, no quarto. Emocionada, a mãe lembra que percebeu que o filho estava doente na madrugada no dia 20 de maio, num domingo. "Eu levantei e vi ele estava de pé, parado, olhando no espelho. Quando perguntei o que estava fazendo àquela hora, ele disse: "Eu já morri", conta. Assustados, os pais levaram o filho ao Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC). Ele foi medicado, retornou para casa em seguida, mas uma nova crise em questão de horas obrigou-os interná-lo no Adauto Botelho. "Ele ficou 10 dias sem comer e sem beber. Não aceitava nada. Ficou pele e osso e só tomava soro". O estudante que até pouco tempo era saudável, hoje precisa tomar dois antidepressivos por dia, para tratar a depressão severa. "Não tem quem faça ele sair do quarto, se perceber que tem alguém estranho aqui. Ele tem medo de tudo. Os médicos falam que ele está em depressão profunda", desabafa a mãe. Sobre o pedófilo que abusou do seu filho, ela desabafa: "Não sei nada dele, mas fiquei sabendo que assim que meu filho foi internado, ele limpou a farmácia. Tirou tudo e pintou as portas de outra cor". "Até agora a polícia não fez nada", lamenta o pai.

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