Onofre Júnior preside sessão tumultuada


onofre carãoA sessão realizada na manhã desta terça-feira (10) foi bastante tumultuada na Câmara Municipal. Depois da decisão judicial que manteve o afastamento de João Emanuel (PSD) do cargo de presidente, assumiu o comando da Câmara o primeiro vice-presidente, Onofre Júnior (PSB). As galerias estavam lotadas. Um grupo de pessoas portava cartazes e condenava o afastamento do presidente, ato ao qual classificaram de golpe. Duras críticas foram feitas pelo grupo especificamente ao vereador Haroldo Kuzai (PMDB), que foi chamado de traíra.
Isso porque foi ele quem retomou a sessão no dia 29 de agosto e colocou em votação o pedido de destituição de João Emanuel do cargo de presidente, na condição de segundo vice-presidente da Mesa Diretora e ingressou com pedido judicial para que a sessão fosse validada em juízo.
Essa foi a primeira sessão realizada desde que os 16 vereadores aprovaram o requerimento que pedia a destituição de João Emanuel. Na semana passada, alegando problemas na rede elétrica, as sessões foram suspensas tanto na terça quanto na quinta-feira.
A energia foi restabelecida na última sexta, depois que algumas peças, como chave de ligação, disjuntores e bobinas foram substituídas.
O presidente em exercício teve que pedir que a plateia se aquietasse para que a sessão tivesse continuidade. Ameaçou retirá-los do parlamento caso não obedecessem à ordem.
A tensão foi evidente entre vereadores da oposição e da situação. A troca de farpas durou a sessão inteira. Vereadores da base argumentavam favoráveis ao afastamento de João Emanuel enquanto vereadores da oposição condenavam a medida, afirmando que tal postura só teria sido tomada em função do medo do prefeito Mauro Mendes (PSB) em ter sua administração investigada pela CPI dos Maquinários, instalada para investigar a contratação de máquinas por parte da prefeitura, mas que está com os trabalhos suspensos em função de decisão judicial.
“Eu concordo com a fala de vários vereadores que citaram o regimento interno. Só acho que há uma infeliz coincidência. O regimento interno passou a ferir a todos quando houve propositura aqui dentro da Câmara, quando 9 vereadores assinaram a CPI dos Maquinários. De uma hora para a outra esse regimento que em 6 meses não feria tanto alguém passou a ser espinho na vida dessa Câmara”, disse Toninho de Souza (PSD).
O desrespeito ao regimento interno foi o argumento apresentado para que houvesse o pedido de destituição de João Emanuel. Segundo o requerimento apresentado pelos 16 vereadores da base, o presidente estava utilizando o cargo que ocupava para cometer atos ilícitos, sem observância do que preconiza o regimento da Câmara. Um exemplo foi a constituição da CPI dos Maquinários, que não respeitou a proporcionalidade dos partidos.
Em contrapartida, o vereador Mário Nadaf (PV) rebateu as argumentações de Toninho de Souza. O membro do Partido Verde afirmou que todos estão sendo lenientes quanto às irregularidades cometidas pela Mesa Diretora desde o início da legislatura e que isso não pode mais seguir da maneira como está.  Citou como exemplo a composição das Comissões Permanentes da Casa, que também não respeitou proporcionalidade das bancadas.
“Tenho cobrado em todas as sessões a necessidade urgente de reforma do regimento interno. Se não pudermos cumprir o nosso mandamento maior, que é o regimento, com que moral podemos investigar outros poderes? O dever é de casa. Devemos sim respeitá-lo diuturnamente. Vereador Onofre, vossa excelência que no momento se mexe no cargo mais elevado nessa Mesa Diretora, vai precisa tomar decisões históricas”.
Desentendimento
Os demais parlamentares tiveram que segurar o vereador Wilson Kero Kero (PRTB) para que ele não particpe para agressão física contra o vereador Clovito Hugueney (PTB). Embora o PTB faça parte da base aliada, Clovito é independente.
Com seu jeito provocador, tirou Kero Kero dos eixos. O petebista criticou o discurso de Kero Kero em defesa da medida tomada pela base aliada. Disse que quem é baixo precisa gritar baixo.

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