Mesmo que de forma superficial, o vereador apontou, durante a sessão, o uso das drogas como um fator a ser enfrentado pelo Legislativo
Em seu primeiro discurso na Câmara apenas como vereador, João Emanuel (PSD) optou nesta quinta-feira (12) por utilizar o grande expediente para sair em defesa da colega de parlamento Lueci Ramos (PSDB). A tucana foi condenada por ato de improbidade administrativa há trinta dias pela Vara da Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá.
O Ministério Público Estadual (MPE) acusou a parlamentar de ter assinado indevidamente folhas de presença quando estava lotada na função de assistente social da Fundação de Promoção Social do Estado (Prosol) entre agosto de 1997 e maio de 1998.
“Um membro desta Casa está sofrendo duras penas com um processo judicial. Ela é uma verdadeira decana e tem predicados. Me sensibilizo com a sua dor, porque a sua dor é a minha”, disse João Emanuel, que também passa “perrengues” com a Justiça de Mato Grosso. Ele é acusado de fraudar documentos públicos.
“Vossa excelência tem prerrogativas de vereadora. Mostro a minha indignação com o equívoco jurídico que está acontecendo com a senhora”. O presidente afastado aproveitou a oportunidade para abordar outro tema.
Mesmo que de forma superficial, o vereador apontou o uso das drogas como um fator a ser enfrentado pelo Legislativo. “Vemos pessoas caídas nas ruas. Dormindo em qualquer lugar. Temos que enfrentar as drogas”, disse ele. Além do social-democrata, os vereador Clovito Hugueney (PTB) e Toninho de Souza (PSD) também demonstraram solidariedade a vereadora.
Sob acusação de ter recebido salários do governo do estado sem comparecer ao trabalho, a vereadora, com exceção de 19 dias, deixou de comparecer ao serviço na unidade denominada “Casa do Porto”, contando com a conivência de duas pessoas. De acordo com a acusação, o turno de Lueci era das 7h às 13h, mas ela não era vista no seu posto de trabalho nesses momentos.
Com base em depoimentos de testemunhas, o juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior atestou a ausência da parlamentar em seu antigo posto de trabalho e a condenou à perda do cargo de servidora do governo estadual, bem como à suspensão de seus direitos políticos por nove anos e ao ressarcimento aos cofres públicos referente à quantia recebida indevidamente. A tucana recorre da decisão na Justiça.
Nos bastidores, a atitude de João Emanuel foi entendida como uma forma de garantir o apoio da colega. É que ele corre o risco de ser destituído da presidência de forma definitiva. Para isso, basta 17 assinaturas e a oposição já tem garantido 16 vereadores.
0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com