Após humilhar Leonardo de Oliveira (PTB),João Emanuel tenta se aproximar de vereadores; Leonardo aguarda argumentos da defesa


“Meu afastamento é um questionamento sem resposta, mas acredito que se firmou um momento interessante no Legislativo, porque estamos dialogando muito”, disse João.
ANA ADÉLIA JÁCOMO12/09/2013 13:09, atualizado às 12/09/2013 16:10
Na tentativa de se aproximar dos pares, nesta quinta-feira (12) o presidente afastado da Câmara de Vereadores de Cuiabá, João Emanuel (PSD) fez questão de cumprimentar cada um dos colegas com aperto de mão e chegou a referir-se a eles, do alto da tribuna, como “queridos vereadores”.
Fora da presidência, por ser acusado de fraudar documentos públicos, João Emanuel tenta cooptar apoios para que consiga retornar à Mesa nos próximos dias. Há todo um trâmite processual e regimental interno que precisa ser realizado, mas, em suma, o social-democrata tem 15 dias para apresentar sua defesa em plenário.
Após a explanação, os vereadores irão votar pela destituição do cargo de presidente ou pela recondução ao posto. Para retirar João do comando definitivamente, a base de sustentação precisa apenas manter os 16 votos favoráveis e conseguir mais um. São necessário 2/3 de votos, que corresponde a 17 votos.
“Meu afastamento é um questionamento sem resposta, mas acredito que se firmou um momento interessante no Legislativo, porque estamos dialogando muito. A maior arma que um político tem é a conversa e o diálogo. Acredito que conseguirei um restabelecimento e teremos um relacionamento sadio e correto”, avaliou ele.
EXPECTATIVA DA OPOSIÇÃO
Líder do prefeito na Câmara, Leonardo de Oliveira (PTB) afirmou que Onofre Júnior (PSB) só recebeu a notificação judicial, que o estabelece como presidente, ontem e que após o parecer da Comissão de Constituição e Justiça, João deverá apresentar a defesa.
“O Onofre foi notificado ontem, a partir disso corre um prazo de 15 dias. Vamos transcorrer o prazo para que o presidente apresente uma defesa e o plenário soberano decide se ele vai continuar presidente. Na próxima terça-feira será apresentado o parecer da CCJ. Há ainda a necessidade de se unificar as atas das sessões do dia 29”, disse ele.
Leonardo afirmou que o clima de animosidade da Câmara está se aplacando e que os diálogos tem melhorado a relação conturbada dos vereadores. “O clima está bem diferente hoje. O imbróglio está se desenrolando. O João está afastado, mas está como vereador e vai apresentar sua defesa. As fraudes cometidas são crimes e quero ver a defesa dele, o que ele vai falar”, disse o vereador. 

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