DE SÃO PAULO
Cibercriminosos brasileiros têm distribuído, desde a manhã de segunda-feira (28), mensagens de e-mail maliciosas utilizando a tragédia de Santa Maria (RS) para benefício financeiro.
Segundo a empresa de segurança da informação Kaspersky Lab, os e-mails contêm um link para um suposto vídeo do momento da tragédia, mas que distribui o arquivo "vídeo.zip", um trojan bancário que se instala no computador do usuário e que redireciona a vítima para sites falsos de bancos.
Ainda de acordo com a companhia, a primeira mensagem detectada ocorreu na manhã de segunda-feira, às 9h, e trazia o título "Vídeo mostra momento exato da tragédia em Santa Maria no Rio Grande do Sul":
A Kapersky afirma que esse é um tipo de ataque muito comum em casos de grande repercussão e comoção social.
A empresa de segurança alerta para potenciais ataques no Facebook, também explorando a tragédia de Santa Maria, em breve. As redes sociais são conhecidas pela rápida disseminação de conteúdo entre os usuários, inclusive de links maliciosos. Dessa forma, é importante notar que fatalidades que geram grande comoção social são usadas indevidamente para que criminosos realizem golpes em ataques no Facebook e no Twitter.
A recomendação é de que os usuários desconfiem e mantenham cautela com links oferecendo supostos vídeos e fotos, em maioria com manchetes sensacionalistas.
Também se sugere que o usuário busque por notícias nos meio de comunicação de credibilidade e evite clicar nesses links disseminados em redes sociais e e-mails, mesmo que enviados por contatos.
INCÊNDIO
O incêndio aconteceu na madrugada de domingo (27) na boate Kiss, localizada no centro de Santa Maria (RS). O local é famoso por receber estudantes universitários. Ao todo,231 pessoas morreram e outras 118 permanecem internadas em hospitais da cidade e de Porto Alegre.
O fogo teria começado na espuma de isolamento acústico da boate, após um integrante da banda Gurizada Fandangueira manipular um sinalizador. Faíscas atingiram o teto e iniciou as chamas. O guitarrista da banda afirmou que o extintor de incêndio não funcionou.
Sobreviventes relataram que, antes de perceberem o incêndio, os seguranças teriam impedido os jovens de saírem sem pagar.
Editoria de Arte/Folhapress |
A maioria das pessoas que estavam na festa, promovida por alunos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), morreu asfixiada. Muitos foram encontrados amontoados nos banheiros, onde tentavam fugir do fogo.
No local, havia apenas uma uma porta, que funcionava como a única passagem de entrada e saída da boate. Bombeiros e sobreviventes quebraram a fachada da casa noturna a marretadas para retirar as pessoas.
A boate Kiss, com capacidade para até 691 pessoas, recebeu entre 900 e 1.000 no dia do incêndio, de acordo com a polícia.
A cidade de Santa Maria abriga alunos de faculdades particulares e da UFSM, muitos de outros Estados. Entre os mortos, estão 101 estudantes da UFSM.
Até a tarde de ontem, quatro pessoas haviam sido presas --dois donos da casa noturna e dois integrantes da banda. O delegado Sandro Meiner afirmou que "as prisões são para possibilitar as investigações dos fatos em todas as suas nuances."
A direção da boate Kiss divulgou nota afirmando que a casa estava dentro da normalidade e creditou o incêndio a uma "fatalidade".
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