Lojistas tentam retomar as atividades e a rotina nesta terça-feira (29).
"Vai ser difícil trabalhar sem lembrar de tudo isso", disse uma vendedora.
"Vai ser difícil trabalhar sem lembrar de tudo isso", disse uma vendedora.
Nas ruas de Santa Maria, lojas abriram com faixas pretas em sinal de luto. Cartaz lamenta morte de colega
(Foto: Montagem sobre fotos de Iara Lemos/G1)
(Foto: Montagem sobre fotos de Iara Lemos/G1)
O comércio de Santa Maria voltou a abrir as portas na manhã desta terça-feira (29), dois dias depois do incêndio que atngiu a boate Kiss durante uma festa universitária e matou 231 pessoas no domingo (27). Com faixas pretas na entrada de cada loja, os comerciantes tentam retomar os trabalhos e a rotina após a tragédia.
Antes de começar a atender os clientes, as colegas Franciele Almeida e Denise Nicoloso cortavam pedaços de pano preto para colocar na vitrine. As duas, que trabalham em uma loja de artigos típicos do Rio Grande do Sul, contam que perderam clientes na tragédia. Um ex-funcionário do local em que elas trabalham morreu na tragédia. "É uma dor muito grande. Vai ser difícil trabalhar sem lembrar de tudo isso. A cidade vai demorar a se recuperar", disse Denise aoG1.
A comerciária Angelli Machado, que mora perto do prédio onde funcionava a boate, reforça a dificuldade de passar pelo local sem lembrar das centenas de vítimas. "Isso vai ficar marcado para sempre", disse.
Muitas lojas não abriram na segunda-feira (28) em respeito às vitimas da tragédia. Uma caminhada à noite reuniu milhares de pessoas pelas ruas de Santa Maria como forma de homenagem.
Em entrevista coletiva na manhã desta terça (29), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que 118 pessoas ainda seguem internadas após o incêndio em Santa Maria e Porto Alegre. Destas, 75 estão em estado de saúde considerado crítico, com risco iminente de morte.
Incêndio e prisões
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.
Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
Quatro foram presos nesta segunda-feira após a tragédia: o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, o sócio, Mauro Hofffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso.
Em depoimento, Spohr afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação.
O advogado Mario Cipriani, que representa Mauro Hoffmann, afirmou que o cliente "não participava da administração da Kiss".
Na manhã desta segunda, outros dois integrantes da banda falaram sobre a tragédia. "Da minha parte, eu parei de tocar", disse o guitarrista Rodrigo Lemos Martins, de 32 anos.
Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia, classificando como "uma "fatalidade".
A presidente Dilma Rousseff visitou Santa Maria no domingo e decretou luto oficial de três dias.
O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.
O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.
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