Ministério Público denuncia dono de parque de diversões em VG por homicídio doloso e tentativa de homicídio


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O proprietário do Parque de Diversões Imperial, localizado no Parque do Lago em Várzea Grande, José Henrique da Silva Motta, foi denunciado por homicídio doloso e tentativa de homicídio, pelo Ministério Público Estadual (MPE/MT). A denúncia foi apresentada ontem (28.01) na justiça criminal.
O acidente ocorreu em outubro de 2011. A cabine da roda-gigante se soltou após uma peça quebrar, e dois jovens, de 16 e 21 anos, caíram de uma altura de aproximadamente 10 metros. Um se feriu gravemente e o outro morreu após permanecer internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com traumatismo craniano encefálico.

Para a 1ª Promotoria de Justiça Criminal do município, José Henrique deverá responder por homicídio doloso, em razão da morte de Ariel Adão Costa Bolfarini na época com 16 anos, e por tentativa de homicídio em virtude das graves lesões provocadas em Fabrício Ferreira de Oliveira que tinha 21 anos. O Ministério Público defende que o acusado seja submetido a júri popular.
“O denunciado perpetrou o homicídio, na modalidade de dolo eventual, na medida em que mesmo tendo plena consciência de que os brinquedos estavam em péssimo estado de conservação e ofereciam riscos aos consumidores, não se importou, e, na ganância de auferir lucro, colocou-os em uso, sem a realização de manutenção”, destacou o promotor de Justiça Samuel Frungilo, em um trecho da denúncia.
Segundo o promotor, o laudo pericial demonstra que no local em que houve o rompimento do pino, que ocasionou o acidente, havia a presença de graxa devido à visível danificação no brinquedo. Além disso, ficou comprovado que as peças estavam oxidadas e em mau estado de conservação por falta de manutenção.
“O indiciado sabia da necessidade da manutenção periódica dos brinquedos, visto que possuía há mais de 15 anos, ou seja, o indiciado exercia a profissão no ramo de diversão há tempo suficiente para saber dos cuidados que os aparelhos exigiam”, acrescentou Samuel.
De acordo ele, o acusado realizou a montagem do parque de forma clandestina, sem realizar vistorias nos brinquedos do parque para saber se eles estavam em ótimas condições e se eram seguros. “Caso ocorresse a vistoria nos aparelhos, com certeza ele não obteria a autorização para iniciar as atividades. Tal ação, lamentavelmente, culminou com a morte do jovem Ariel e causou graves sequelas na vítima Fabrício”, afirmou o representante do Ministério Público.
Consta na denúncia, que a gaiola em que as vítimas estavam se desprendeu da estrutura principal da roda gigante aproximadamente na sétima volta. Os jovens caíram ao solo em uma distância aproximada de sete metros da grade que cercava o equipamento.
Com a queda, a duas vítimas sofreram traumatismo craniano encefálico e lesões graves e apenas Fabrício Ferreira de Oliveira resistiu aos ferimentos, mas permaneceu com sequelas do acidente, em razão da quebra da clavícula, além de apresentar perda de memória.
da Redação VG Notícias

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