Fotos sensuais publicadas na internet geram problemas para adolescentes


Imagens de estudandes foram enviadas por um aplicativo para celular.
Promotor diz que esse tipo de crime é conhecido como Cyberbullying.

Fabiana De Mutiis e Michelle FariasDo G1 AL
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promotor Luiz Medeirosa do MPE Alagoas (Foto: Ascom MPE)Promotor Luiz Medeirosa diz que ais devem ficar
atentos (Foto: Ascom MPE)
Embora pareçam menos agressivos, sem gerar o terror que um assalto com uma arma apontada para a cabeça pode provocar, os crimes pela internet também geram emoções muito ruins.

De acordo com uma pesquisa feita pela empresa de segurança Symantec, cerca de 75% dos internautas adultos no Brasil já viveram essa experiência. A incidência no país está acima da média global, que é de 65%, ainda segundo a pesquisa.
Mas os jovens também são alvo desse tipo de crime. Uma estudante de 16 anos, que pediu para não ter a identididade revelada, cursa o 2º ano do ensino médio e teve as suas fotos sensuais divulgadas por um aplicativo de celular. Ela revelou que tirou as fotos para um futuro namorado e que um amigo dele pegou o celular emprestado e espalhou as fotos na rede "por maldade".
A adolescente conta que fotos de outras garotas da mesma idade também caíram na rede. "Não conheço as outras meninas, não sei se o motivo foi o mesmo. Só sei que nunca passei por isso e queria muito que acabasse", diz.
A estudante revelou que os pais não sabem que suas fotos foram expostas. "Eles viram as fotos quando ainda estava no computador. Levei bronca e fiquei de castigo. Sou muito amiga da minha mãe, mas meu pai é muto bravo. Tenho vergonha por isso e tenho medo de ficar presa em casa de novo. Não sei como meu pai reagiria" conta.
Ainda segundo a estudante, o rapaz que passou as fotos para os outros meninos do colégio é maior de idade, já os das outras meninas que também está circulando na internet, ela diz que acredita que todos são menores. "São pessoas sem maturidade alguma, às vezes nem sabem que isso prejudica alguém", revelou.
O que fazer?
De acordo com o promotor Luiz Medeiros, da promotoria de Justiça Coletiva de Infância e Juventude da Capital, esse tipo de ação é crime e o autor, quando denunciado, responde criminalmente se maior de 18 anos. Já se for menor de idade, responde por ato de infração.
"Ninguém pode expor uma criança ou jovem a situações vexaminosas ou constrangedoras, isso está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente", destaca o promotor.
Ele explicou ainda que é fundamental que as adolescentes que pasam por uma siuação dessas avisem aos pais para que eles possam abrir uma investigação, para encontrar e punir o autor. "A tecnologia veio para ajudar em muitas coisas, mas infelizmente nos deparamos com o mau uso da internet", disse.
O promotor dá uma dica para que os jovens não sejam expostos. "Os pais precisam orientar essas crianças e adolescentes e pedir para que eles nunca troquem fotos seja lá com quem for. É bom frisar que não é aconselhável trocar conversas e marcar encontros. Muitas vezes, isso é uma armadilha", frisou o promotor Luiz Medeiros.
Especialista
Segundo a psicóloga Silvana Barros, é do comportamento do adolescente a impulsividade. Ainda segundo ela, antigamente os namorados tiravam fotos em momentos íntimos e as informações só eram divulgadas quando um dos dois comentavam com os amigos.
"Os adolescentes não tem a dimensão de um problema como esse. É apenas um comportamento dos meninos, mas as meninas também precisam afirmar a sua sexualidade. E por isso eles agem por impulso e compartilham as fotos de outros adolescentes", afirmou.
Ainda segundo a psicóloga, é comum os filhos terem vergonha de contar para os pais quando enfrentam um problema de cyberbullying. Para evitar esses tipo de constrangimento que atinge a família, é fundamental que os pais tentem saber o que os filhos fazem na internet ou no celular.

"Aconselho que os jovens que sofrem com esse problema procurem os seus pais e divida esse constrangimento. Só assim os autores poderão ser punidos. As escolas também devem orientar os alunos sobre a dimensão e os perigos da internet", finalizou a psicóloga Silvana Barros.
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