Da Redação
As sessões ordinárias da Câmara de Várzea Grande estão se tornando literalmente um "barril de pólvora". Além das acaloradas discussões entre vereadores da situação e oposição ao prefeito Walace Guimarães (PMDB), o medo tem tomado conta de alguns parlamentares e populares que acompanham os trabalhos que acontecem nas quartas-feiras no período noturno.
Na sessão desta semana, a vereadora Miriam Pinheiro (PHS) revelou o medo que sente ao se deparar com alguns colegas, que são policiais militares ou civis, que comparecem armados as sessões. "Quero que todos tenhamos tranquilidade e que possamos trabalhar em paz. Peço que vocês deixem as armas em casa para que possamos fazer o melhor pelo povo de nossa cidade”, solicitou.
Na Câmara, cinco vereadores tem a carreira de policial: João Madureira (PSC), Coronel Taborelly (PV), Hilton Gusmão (PV), Leonardo Mayer (DEM) e Jânio Calixtro (PMDB). Alguns deles frequentam a sessão com arma de fogo na cintura, já que possuem porte e registro.
Policial civil e vereador de quatro mandatos, João Madureira disse que utiliza a arma desde seu primeiro mandato parlamentar. Segundo ele, o objeto é para sua segurança pessoal. “Já pensou se alguém entra durante a sessão ou ai na porta mesmo anunciando um assalto, eu tenho como me defender, pois infelizmente não encontramos outro caminho", colocou.
Coronel da Polícia Militar, Pery Taborelli afirmou que tem o preparo necessário para portar a arma em plenário. "Tenho autorização federal para estar armado em qualquer lugar público. Em 30 anos de Polícia Militar, nunca utilizei a arma para ferir qualquer pessoa que não fosse no combate a marginalidade", assinalou.
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