IMPUNIDADE:Mãe de menino cortado ao meio reclama de demora em investigação: “Nos tratam como um nada"


Cinco meses após morte de Carlos Eduardo, inquérito não foi concluído

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Segundo a avó do menino, encontrar o culpado seria a única forma de minimizar a dor Segundo a avó do menino, encontrar o culpado seria a única forma de minimizar a dor
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"Isso mudou toda a trajetória das nossas vidas. Como pode nada andar? Já tem tanto tempo e ninguém dá uma posição sobre nada para a gente. Nosso sentimento é de derrota, de abandono, de que nada vai dar certo. Tem dias que acordo, penso nisso tudo, e me acho um nada, pois é desta forma que estão tratando a gente".


Aline e a mãe, Marisa Azevedo Costa, 51 anos, dedicam quase todo o tempo que têm a colher e juntar informações que possam apontar um rumo definitivo às investigações. Segundo a avó do menino, encontrar o culpado seria a única forma de minimizar a dor por não ver mais o neto subindo em árvores e correndo pelo quintal.

"Quando você vê a Justiça, pelo menos dá um conforto, é sinal de que ele não morreu em vão. Mas a gente não vê nada, estamos no chão, não conseguimos mais andar para frente, não conseguimos respirar, parece que estamos sufocadas o tempo todo. Sabe, tem dias que não acredito que nunca mais vou ver aquele menino alegre na minha frente, brincando".

O R7 entrou procurou a Polícia Civil no final da tarde de quinta-feira, mas até a publicação da reportagem não havia conseguido repassar à assessoria de imprensa a insatisfação da família de Cadu sobre as investigações.

Falha em freio

No início da investigação, policiais da Delegacia da Posse (58ª DP) ouviram o condutor do trator. Contudo, nada foi esclarecido. Segundo Celso da Silva, 63 anos, o freio do trator travou e o veículo ficou descontrolado. Com o barulho da máquina, Cadu não teria escutado seu alerta para “sair da frente”.

O dono do veículo, identificado como Valdecir, afirmou ter alugado o trator para Celso 25 dias antes do atropelamento. Segundo ele, em nenhum momento os responsáveis pela obra comunicaram problema no carro, versão contrária à contada pelos vizinhos, que disseram ter visto a draga perder o controle por falta de freio dias antes da morte do menino.

O responsável pela intervenção no terreno, um comerciante que mora na região há 20 anos, disse à polícia que não havia obra no local, mas sim uma limpeza da área. No depoimento, não citou qualquer defeito relacionado ao trator.

Fonte: http://reportermt.com.br/nacional/noticia/26330

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