Réu diz que jogou criança de ponte por testemunhar morte de avó em MT


Antes de jogar criança, rapaz disse ter esfaqueado e queimado mãe da ex.
Essa foi a primeira vez que acusado falou sobre o crime ocorrido há 3 meses.




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Criança foi jogada de ponte sobre o Rio Cuiabá e corpo foi achado pelos bombeiros (Foto: Pollyana Araújo/ G1)
Criança foi jogada de ponte sobre o Rio Cuiabá e corpo foi
achado pelos bombeiros (Foto: Pollyana Araújo/ G1)
O técnico em informática Carlos Henrique da Costa Carvalho, de 25 anos, confessou em depoimento na noite desta quinta-feira (21) ter matado Ryan Alves Camargo, de 4 anos, e Admárcia Mônica da Silva, de 44 anos, respectivamente, filho e mãe da ex-namorada dele.
A princípio, o acusado negou e, após quase três horas, disse ter jogado a criança de uma ponte sobre o Rio Cuiabá porque ela teria testemunhado a morte da avó, de acordo com o promotor de Justiça Allan Sidney do Ó Souza, que atua no caso. A audiência não foi aberta ao público.

Para o promotor, independentemente da confissão de autoria de duplo homicídio do acusado, existem provas suficientes de que Carlos Henrique cometeu o crime. "Ainda que ele negasse, as provas eram robustas e não havia qualquer sombra de dúvida de que ele era o autor. Testemunhas viram o momento em que ele estava na ponte com a criança e quando a jogou no rio", afirmou.
De acordo com o promotor, a ex-namorada do acusado, Thassya Alves, que é mãe de Ryan e filha de Admárcia, contou ter visto um carro parado no momento em que saía de casa com dois amigos. "Na minha concepção, era ele [Carlos Henrique] quem estava no veículo e, após vê-la saindo, entrou na casa na tentativa de se vingar da ex-sogra, porque na opinião dele teria atrapalhado o relacionamento deles", avaliou Allan Sidney, se referindo ao relacionamento conturbado e da então separação recente do casal.
O que mais chamou a atenção do promotor, segundo ele, foi a frieza com que o acusado agiu depois ter esfaqueado a ex-sogra. "Ele saiu com o menino, foi até um posto, comprou combustível, voltou na casa e ateou fogo na vítima", frisou. Depois disso, pegou o menino, o levou até a ponte e o jogou no rio. "Ele sabia que a criança tinha medo d'água. É algo monstruoso", disse. Carlos Henrique está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde a data do crime, em novembro do ano passado.
Pela forma premeditada como cometeu o crime, o promotor acredita que a intenção do acusado ao jogar a criança da ponte não era apenas destruir uma testemunha, mas atingir a mãe do menino. "A intenção era matar mesmo, se não ele poderia ter esfaqueado ou queimado a criança assim como fez com a avó", pontuou. 
O advogado da família das vítimas, Claudino Aleixo Júnior, que também acompanhou a audiência de instrução, afirmou que o técnico em informática chorou e se disse arrependido do que fez. "Ele contou que chegou na casa, arrombou a janela e derrubou o guarda-roupa. Em seguida, foi até o quarto onde o Ryan estava e começou a discutir com a Admárcia, desferindo golpes de faca na vítima", lembrou. 
Além do réu, a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, ouviu 13 testemunhas de acusação, entre elas a mãe do menino, e cinco de defesa. A jovem disse que a alguns meses antes do ocorrido, o então namorado a agrediu, no entanto, ela contou que jamais pudesse imaginar que ele tivesse coragem de cometer o crime.
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