Da Redação
O escritório da Prefeitura de Cuiabá em Brasília, criado pelo ex-prefeito Chico Galindo (PTB), pode estar com os dias contados. Sob o argumento de contenção de despesas, o prefeito Mauro Mendes (PSB) avalia fechar as portas da “sucursal”, que está sem comando desde a transição entre os governos.
A decisão ainda deve aguardar a elaboração de um estudo sobre os resultados que a Secretaria Especial de Brasília trouxe nos seus dois anos de existência, período em que esteve sob o comando do ex-deputado estadual Ricarte de Freitas (PTB).
Caso a conclusão seja de que o trabalho executado na capital federal pode ser transferido para outra Pasta, já instalada no Palácio Alencastro, o escritório deve ser extinto. A economia prevista é de quase R$ 1,1 milhão, orçamento destinado à Secretaria Especial na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano.
O prefeito ainda não descarta, contudo, a possibilidade de destinar mais recursos ao escritório, se o estudo demonstrar que a estrutura é, de fato, necessária.
Ontem, Mendes aproveitou a viagem a Brasília, onde participa do II Encontro Nacional com Novos Prefeitos, para visitar as instalações do escritório. O socialista também conversou com o senador Pedro Taques (PDT) e ministros sobre a eficiência da estrutura.
Implantada por Galindo em 2011, a Secretaria Especial foi criada com o intuito de acompanhar a elaboração e tramitação de projetos voltados à captação de recursos de programas do governo federal.
A ideia surgiu durante um evento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) debateu o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com prefeitos de todo o país. Na ocasião, o petista reclamou da falta de aparato técnico das propostas encaminhadas pelos municípios, fator que era predominante na desclassificação das cidades durante a distribuição dos investimentos.
Além da Secretaria Especial de Brasília, as quatro regionais da prefeitura estão sob a “mira” de Mendes. Voltadas para facilitar o acesso da população aos serviços prestados pelo Executivo, as estruturas também correm o risco de serem extintas.
Desde que assumiu o cargo de prefeito, o socialista vem defendendo a contenção de despesas. Ele espera receber ainda fevereiro um estudo completo sobre a real situação da prefeitura, com dados sobre quanto há em caixa e os eventuais restos a pagar, herdados da gestão anterior.(LN)
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