Kardec vê falhas do presidente afastado e quer retomar diálogo


Glaucia Colognesi

Foto: Rodinei Crescêncio
Foto: Rodinei Crescêncio -- Allan Kardec aponta falhas de João Emanuel e defende retomada do diálogo
Allan Kardec aponta falhas de João Emanuel e defende retomada do diálogo
   Mesmo pertencendo ao grupo da oposição e apoiando a permanência do vereador João Emanuel (PSD) na presidência da Câmara de Cuiabá, o vereador Allan Kardec (PT) se mostra mais ponderado e menos radical que demais oposicionistas. O petista reconhece que existem algumas falhas na condução dos trabalhos legislativos. “Quando a sessão está confusa, qualquer vereador tem direito a pedir questão de ordem para se esclarecer as coisas. Essa prerrogativa tem que ser respeitada, mas João Emanuel ignora isso”, avalia.
  O petista admite, inclusive, que faltou gestão a João Emanuel para contornar a situação da pane elétrica que ocorreu nas instalações da Câmara na semana passada e que deixou a Câmara e que resultou no cancelamento das sessões de terça e quinta. Para Kardec, João Emanuel deveria ter transferido as sessões plenárias para outro lugar. “Não ter sessão na terça tudo bem, mas na quinta? Houve tempo suficiente para que o presidente tivesse arrumado outro lugar para realizar a sessão. Poderia ter pedido emprestado um auditório na Assembleia ou alugado uma sala no Hotel Fazenda Mato Grosso ou no Centro de Eventos do Pantanal”, destaca.
  Kardec pondera que é essencial a existência de oposição no Legislativo para fazer o controle dos atos do Executivo, mas repudia o exagero. “É melhor uma Câmara combativa do que uma Assembleia Legislativa [de Mato Grosso] e um Senado em tempos de Lula, onde todos falavam amém para tudo que vinha do Executivo”, defende. Como solução para a crise interna na Câmara, Kardec defende que os 25 vereadores façam uma reunião política para restabelecer o diálogo e se que abra todas as CPIs propostas, inclusive as que irão investigar João Emanuel.
  O petista também defende no objeto da CPI do Maquinário, que hoje está pessoalizado na figura do prefeito Mauro Mendes (PSB). Para Kardec, quem tem que ser investigado é a Comissão de Licitação da prefeitura, o secretário de Obras Marcelo Padeiro e o secretário de Planejamento e Finanças, Francisco Serafim de Barros. Para ele, ao pessoalizar a questão, os membros da CPI podem tornar impossível a relação de convivência entre a Câmara e o Executivo. “Com os membros da CPI atacando desse jeito, não só fecha a porta para qualquer diálogo com o prefeito, como também queima a ponte”, avalia. “Esse problema de relacionamento começou com a eleição da Mesa Diretora e ainda não terminou”, concluiu.

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