Ex-presidentes da Câmara alegam que "vaidade" e falta de diálogo causaram racha


A Câmara Municipal de Cuiabá retoma suas atividades amanhã após uma semana parada por problemas na rede elétrica no prédio. Neste meio tempo de paralisação, decisões judiciais e articulações de bastidores botaram mais lenha na fogueira da guerra instalada entre a base do prefeito Mauro Mendes (PSB) e a oposição, capitaneada por João Emanuel (PSD). Para ex-presidentes da Câmara Municipal de Cuiabá e Várzea Grande ouvidos pelo Olhar Direto, vaidade e ausência de diálogo seriam duas das causas da crise entre os poderes.
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Ismael Alves, ex-presidente do parlamento de Várzea Grande e os cuiabanos Deucimar Silva e Nilson Teixeira, o Dentinho, foram unânimes em apontar a falta de diálogo como o responsável pelo abismo que há na relação entre o presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel e prefeito Mauro Mendes.
Os dois são poderes independentes, mas pelo bem da população tem que trabalhar de forma harmoniosa, tem que se trabalhar o entendimento, apontou Ismael Alves.
Membro de uma legislatura conturbada e lembrada pelo escândalo de superfaturamento na reforma da Câmara de Cuiabá, Deucimar Silva considerou a vaidade dos gestores atuais como o maior problema a ser enfrentado. Isso tudo é uma questão de vaidade, o João, por exemplo, está novo e pensando na vaidade, ambas as partes precisam repensar e colocar os problemas da cidade a frente da vaidade.
Deucimar presidiu as sessões da Câmara de Cuiabá durante cassação de dois vereadores da época, Lutero Ponce e Ralf Leite, e, ao contrário do que ocorreu em sua gestão não recomenda que o processo seja repetido. Se eu assumisse hoje [a presidência da Câmara] eu jamais faria a cassação dos vereadores, pois o resultado é a sociedade contra vocês e ninguém ganha nada.
Nilson Teixeira também recriminou o comportamento das lideranças políticas e deu como exemplo o Pacto por Cuiabá, muito criticado na época, como uma alternativa de se manter um diálogo entre os poderes. Quando estive a frente da Câmara eu estava com três folhas de pagamentos atrasadas e salários também, diante dessa crise sentei com o prefeito Roberto França e falei que temos que fazer alguma coisa e fizemos o Pacto mesmo diante da crítica de ser subserviente, declarou.

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