Polícia indicia três homens em Montenegro por pedofilia


Inquérito apurou que nove meninos entre 8 e 13 anos de idade teriam sido abusados por suspeitos; um dos envolvidos é pastor de uma igreja evangélica

oão Vitor Novoa
A polícia de Montenegro concluiu o inquérito da investigação que desmantelou uma suposta rede de pedofilia que agia na cidade do Vale do Caí há pelo menos um ano e meio. Três homens foram indiciados pelo envolvimento com nove meninos com idades entre oito e 13 anos. Segundo a apuração da Polícia Civil do município, Claudio Luis da Silva, 36 anos, Geraldo Alessandro Gonçalves, 30, e Gerri Adriano de Vargas, 33, ofereciam às crianças e adolescentes lanches em bares no centro de Montenegro. Como eram conhecidos da família dos garotos – Silva, por exemplo, teria abusado de dois sobrinhos -, o trio levava os meninos para a casa de um deles, no bairro Senai. 

No local, mostravam um filme de ação, seguido de um pornô. Ao mesmo tempo, incentivavam o uso de bebida alcoólica e praticavam sexo oral nos garotos. 

— Eles gravavam vídeos e tiravam fotos dos meninos com eles e compartilhavam entre si. Faziam sexo com as crianças depois de conquistarem a confiança deles. Como todas elas tinham alguma ligação com os envolvidos nessa rede de pedofilia, essas crianças acabavam aceitando ir para a casa de um dos suspeitos, onde acontecia o crime — ilustrou o delegado Marcelo Farias Pereira. 

A investigação durou três meses e começou após uma queixa dada à polícia pela família de uma das vítimas. No último dia 16, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva dos três envolvidos na suposta rede de pedofilia do Vale do Caí. Eles foram transferidos no mesmo dia para o Presídio Central de Porto Alegre, após a polícia ter recolhido materiais pornográficos nas residências dos três. Na busca e apreensão efetuada, constatou-se que mais um jovem fora vítima dos supostos pedófilos, elevando o número para nove meninos que teriam sofrido nas mãos dos homens. 

O mais velho, Cláudio Luis da Silva, é pastor da igreja evangélica Aliança com Deus. Gonçalves é caminhoneiro, enquanto o terceiro detido, Gerri Adriano de Vargas, trabalha em um curtume. A defesa nega as acusações. 

— O meu cliente, o Geraldo (Alessandro Gonçalves), nega qualquer tipo de abuso. Ele garante que não realizou nenhum ato sexual com as crianças. A única coisa que ele diz é que recebia frequentemente imagens de tudo quanto era tipo de pornografia. Algumas, ele deletava, outras ficavam no computador pessoal dele — disse o advogado do indiciado, Gustavo Oliveira. 

O representante do envolvido na rede desmantelada pela polícia afirmou que já pediu a libertação do cliente: 

— Entrei com o habeas corpus no mesmo dia que eles foram presos. São réus primários, sem nenhum tipo de antecedente. Estamos aguardando a soltura — declarou Oliveira. 

A Polícia Civil de Montenegro encaminhou uma cópia do inquérito, bem como todos os dados coletados na investigação – incluindo o backup dos arquivos dos computadores dos suspeitos – para a Polícia Federal. O delegado Marcelo Farias Pereira suspeita que a rede de pedofilia possa ter mais pessoas envolvidas, incluindo estrangeiros. Os três serão indiciados por abuso de incapaz, oferecimento de bebida alcoólica e compartilhamento de imagens e vídeos pornográficos de crianças e adolescentes.

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