CASA DOS HORRORES
Com “ruína” de Emanuel, PSB descarta punição a "independente" Onofre
A Mesa Diretora, aos poucos, foi perdendo força no Legislativo. Além de Onofre, o segundo vice-presidente Haroldo Kuzai (PMDB) também abandou o projeto de João Emanuel
ANA ADÉLIA JÁCOMO
06/09/2013 10:40, atualizado às 06/09/2013 11:50
06/09/2013 10:40, atualizado às 06/09/2013 11:50
O secretário-geral do PSB, Suelme Evangelista, que também responde pela Secretaria Municipal de Cidades, disse nesta sexta-feira (6) que não será necessário “enquadrar” o presidente interino da Câmara de Vereadores, Onofre Júnior (PSB), para que se aproxime do Poder Executivo. Segundo ele, por serem do mesmo partido, é natural que haja um alinhamento estratégico.
“Não será necessário nenhuma medida. Vamos nos encontrar e o ambiente é muito favorável. A oportunidade foi dada pelo próprio processo político e, agora, apostamos no bom senso. A intenção do Executivo é trazer o Onofre para essa construção importante da gestão do prefeito. Foram eleitos juntos e ele tem a oportunidade histórica de se aproximar”, avaliou o secretário.
Com o afastamento do presidente João Emanuel (PSD), que classificou o fato como um “golpe”, há uma certa expectativa sobre o direcionamento que será tomado por Onofre. O socialista se classifica como independente, contudo, durante os primeiros meses de mandato acabou fazendo parte da oposição, assumindo esse papel, inclusive, nas votações da Casa.
ESFACELAMENTO DA MESA DIRETORA
A Mesa Diretora, aos poucos, foi perdendo força no Legislativo. Além de Onofre, o segundo vice-presidente Haroldo Kuzai (PMDB) também abandou o projeto de João Emanuel, chegando a ser o responsável por seu afastamento, já que entrou com o pedido na Justiça. Os únicos que ainda permaneceram ao lado da presidência é o 1º Secretário Maurélio Ribeiro (PSDB) e o 2º Secretário Clovito Hugueney (PTB).
“Essa mudança de direção pode trazer novos números. Foi o João Emanuel quem colocou a corda no pescoço. Tem atos ilegais acontecendo na Câmara, como: adulteração de documentos públicos. Os próprios vereadores tinham dificuldade para trabalhar. Esse levante é para resolver um problema concreto”.
“Os vereadores perceberam que a presidência passou a ser um estorvo. Virou um debate politiqueiro-eleitoral e essa é a oportunidade de passar a Câmara a limpo. Já tínhamos uma maioria na Casa, com 16 vereadores com a base, agora com mais esses dois (Onofre e Haroldo), saltamos para 18. Ninguém quer uma minoria truculenta chantagista e sem escrúpulos”, disparou Suelme.
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