Tiroteio no Alemão tem jovem de 16 anos atingido por bala perdida

Tiroteio no Alemão termina com um jovem de 16 anos atingido por bala perdida

Secretário quer aumento do efetivo no Alemão
Secretário quer aumento do efetivo no Alemão Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo
Rafael Soares
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Um jovem de 16 anos foi baleado no pé em um tiroteio na tarde desta quarta-feira na Rua Joaquim de Queiroz, principal via de acesso ao Complexo do Alemão. Os disparos aconteceram no início da tarde, quando policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Alemão faziam patrulhamento na favela e encontraram um grupo de cinco traficantes armados na localidade conhecida como Beco do Flipper, na Grota. Segundo o Comando de Polícia Pacificadora (CPP), quando avistaram os PMs, os bandidos atiraram cinco vezes. O jovem, morador da favela, passava pelo local e foi atingido por uma bala perdida.
Segundo nota enviada pelo CPP, os policiais "não reagiram aos tiros devido à grande movimentação de pessoas no local", e os bandidos conseguiram fugir. O jovem foi socorrido por moradores e encaminhado para a UPA do Alemão. O rapaz foi medicado, liberado e seguiu para a 22ª DP (Penha) para registro da ocorrência. Ele já está em casa e passa bem.
Até o final a noite de ontem, viaturas da UPP Alemão fizeram patrulha no morro em busca dos criminosos. Durante a fiscalização, dois homens foram presos na Rua Joaquim de Queiroz portando pequena quantidade de drogas e rádios transmissores. Eles foram levados para a 38ª DP (Irajá), mas não foram identificados.
O delegado Reginaldo Guilherme, da 22ª DP, instaurou inquérito ontem para investigar como Fabiana Muniz Toledo, 31, mulher de Bruno Eduardo da Silva Procópio, o "Piná", chefe do tráfico na Vila Cruzeiro, recebeu um bebê de dois meses de uma usuária de crack. As investigações apontam o pagamento de uma dívida da mãe do bebê, Aline dos Santos Lima, com o tráfico como motivo.
— Nós instauramos um procedimento para apurar somente essa história. A mãe é viciada, vive em uma comunidade sob o poder do tráfico, não poderia fazer muita coisa se fosse coagida. Nós a ouvimos ontem, mas ela nega que tenha dado o bebê em troca do perdão de uma dívida — afirma o delegado.
Fabiana, em depoimento, afirmou que só "tomava conta da criança" no momento em que foi abordada por PMs. As duas serão ouvidas novamente na delegacia. A recém-nascida não tem certidão de nascimento, e, por isso, está sob tutela da Vara da Infância e da Juventude.


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