O voto da deputada estadual Luciane Bezerra (PDT), contrário ao relatório oficial da CPI do MT Saúde, parece não ter abalado o relator do caso, deputado Emanuel Pinheiro (PR). Ele pondera que analisará se as pontuações da socialista são cabíveis e que não deixará a investigação se transformar em uma “caça às bruxas”.
O relatório oficial deveria ter sido apreciado por todos os membros da CPI na última terça-feira (25) para, então, seguir para análise geral do Parlamento. Contudo, o processo foi interrompido devido aos apontamentos divergentes de Luciane.
Pinheiro afirma que ainda não leu o texto da deputada, mas garante que vai analisar cada proposição. Ele adianta, no entanto, que já pôde observar que muitos dos pontos já constam no texto oficial.
Um exemplo, segundo ele, é o indiciamento de 18 pessoas, por parte de Luciane. Emanuel pontua que pelo menos cinco delas também são citadas em sua análise. Dessa forma, há chance de haver mudanças ou manutenção das primeiras denúncias. O objetivo, segundo o republicano, é encontrar a unanimidade entre os membros da comissão.
“Esse relatório é uma visão dela. Meu relatório teve um foco propositivo, porque acho que é isso que a população quer”, argumenta.
A CPI foi criada em novembro do ano passado e deveria ter sido concluída no final de maio. Contudo, conforme o Regimento Interno, há a concessão automática de 20 dias a mais de prazo.
Durante todo o processo, foram ouvidos servidores e usuários do MT Saúde, sindicalistas, além de representantes dos hospitais, clínicas e laboratórios credenciados.
No relatório redigido por Emanuel, foram poupados ex-integrantes do alto escalão do governo que haviam sido citados durante as investigações como, por exemplo, o ex-presidente do instituto, Yuri Bastos, e o ex-secretário de Administração, César Zílio.
Tal medida foi adotada, segundo o republicano, porque a comissão não obteve quaisquer documentos ou indícios da participação deles no suposto desvio dos recursos do plano.
Relatório não preocupa Emanuel
junho 28, 2013