Suspeito detido confessa participação em assassinato de menino boliviano


Tio e pais do menino boliviano Bryan, 5 anos, morto durante tentativa de assalto na zona leste de São Paulo Foto: Janderson Oliveira / Futura Press
Tio e pais do menino boliviano Bryan, 5 anos, morto durante tentativa de assalto na zona leste de São Paulo
Foto: Janderson Oliveira / Futura Press
Um dos suspeitos detidos por ter assaltado a residência de um casal de imigrantes bolivianos em São Paulo e assassinado com um tiro na cabeça o garoto Brayan Yanarico Capcha, 5 anos, confessou sua participação no crime. De acordo com a Polícia Civil, que não revelou a identidade dos criminosos, um dos quatro suspeitos detidos em uma operação realizada ontem em São Mateus, na zona leste da capital paulista, admitiu que estava entre os assaltantes que invadiram a casa dos imigrantes.
O detido, além de ter confessado sua participação no crime, também revelou o nome das três pessoas que, segundo ele, tiveram participação no assassinato, os quais estão sendo procurados pela polícia.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo indicou que os outros três detidos foram libertados porque a família do garoto boliviano não os reconheceu como participantes do crime.
A criança, que estava nos braços de sua mãe no momento em que os assaltantes entraram na casa, foi morto com um tiro na nuca porque não parava de chorar durante o assalto realizado na madrugada de ontem, quando a residência do casal foi invadida por quatro sujeitos.
Apesar de a família ter entregue R$ 4,5 mil aos criminosos, eles exigiam mais dinheiro e ameaçaram matar as duas crianças que viviam no lugar, entre elas Brayan, que começou a chorar e, por isso, um dos criminosos - de 17 anos, segundo o suspeito detido -, teria o matado.
Os pais de Brayan, que era filho único, chegaram ao Brasil há poucos meses para trabalhar na indústria informal de confecção têxtil. No entanto, após o incidente, o casal deverá retornar a seu país para sepultar o filho lá. As autoridades consulares da Bolívia administram perante o governo brasileiro o trâmite para transferir o corpo do menor e seus pais ao país andino.
A morte do menino mobilizou a comunidade boliviana residente em São Paulo. Cerca de 200 imigrantes passaram a noite com velas e cartazes em frente à delegacia que investiga o caso.
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