É praticamente impossível a permanência de Mauri Rodrigues de Lima (PP) no comando da saúde do Estado. Rompido com as principais lideranças de seu partido, ele deverá ser trocada, ainda nesta semana por Aray da Fonseca, que já foi secretário municipal de Saúde em Cuiabá e hoje está ligada ao PSD do deputado estadual José Geraldo Riva.
Indicado para o cargo pelo PP, Mauri, que ao assumir o posto prometeu colocar ordem no setor de saúde, um dos mais problemáticos da atual administração e que mais teve mudanças nos últimos anos, não conseguiu o apoio nem mesmo de seu pares. Em pouco tempo no cargo, provocou atritos com lideranças do partido, que passaram a criticá-lo abertamente na Assembleia Legislativa e a pedir a sua exoneração do cargo ao governador Silval Barbosa.
Em uma reunião entre os líderes e o governador, no Palácio Paiaguás, os deputados do PP chegaram a fazer uma ameaça: ou Silval demitia Mauri ou o PP deixaria a base de sustentação. O governador manteve sua posição de chefe de Estado ao assegurar a permanência do secretário e não temeu a saída do bloco pepista do governo. O PP, temendo a perda de cargos na administração estadual ficou no poder.
Mas, nem mesmo a firme decisão do governador serviu para dar forças ao secretário Mauri Rodrigues de Lima. Se antes era criticado pelo deputado do PP, passou a receber fortes criticas de parlamentares de outras siglas ao seu trabalho no setor. A insatisfação com as atitudes rígidas na forma de comandar a pasta, sem querer o apoio parlamentar era grande. Piorou ainda mais com o escândalo da perde de remédios vencidos no valor de R$ 1,4 milhão.
Se realmente for confirmada sua indicação, ela representará praticamente uma ruptura do Governo do PP, que só ocupava este posto no primeiro escalão de Silval Barbosa.
