O organismo nacional de budismo da Tailândia disse segunda-feira que está a monitorizar os monges do país quanto a qualquer comportamento inapropriado, após a divulgação de um vídeo que mostra monges budistas a voar num jacto particular e usando malas de marca.
O vídeo mostrou um dos monges a usar óculos de marca, uma mala de viagem de uma marca famosa e auriculares nos ouvidos.
A divulgação do material gerou críticas de budistas em todo o país.
O director-geral do Gabinete Nacional de Budismo, Nopparat Benjawatananun, disse que a agência tinha conhecimento do vídeo desde o início do ano e tinha advertido os monges de um mosteiro no nordeste da Tailândia, pedindo que o comportamento não se repetisse.
Segundo Nopparat, os monges que aparecem no vídeo estavam a agir de forma inadequada e sem considerar os ensinamentos de simplicidade pregados por Buda.
Monruedee Bantoengsuk, uma funcionária administrativa de um templo na província de Sisaket confirmou que os monges envolvidos no caso do avião privado vivem no templo, mas recusou-se a fornecer mais pormenores sobre o episódio.
«Podemos explicar isso, mas não agora», disse, acrescentando que um dos monges que aparece no vídeo está numa viagem religiosa em França.
País com a maior população budista do mundo, a Tailândia tenta ajudar a doutrina – que data de há 2600 anos - a resistir ao tempo de várias formas, incluindo a proibição da venda de bebidas alcoólicas em feriados religiosos.
Os esforços, no entanto, são às vezes boicotados pelos próprios monges budistas. No ano passado, cerca de 300 entre 61.416 monges e noviços budistas do país foram repreendidos e, em vários casos, retirados da vida monástica devido a má conduta.
Entre os casos estão o consumo de álcool, relações sexuais e extorsão.