Governador demite 7 na Saúde e inclui no "facão" afilhado de Henry


Romilson Dourado

-- Governador Silval Barbosa quer a Saúde mais técnica
Governador Silval Barbosa quer a Saúde mais técnica
   Em mais um passo para despolitizar a pasta da Saúde e dar respaldo ao secretário Mauri Rodrigues, o governador Silval Barbosa determinou a exoneração de 7 ocupantes de cargos de segundo a quarto escalões, além de vários assessores, e já escalou outros para as vagas. Ele explica que está montando uma equipe eminentemente técnica para não haver mais foco político na secretaria como na época do ex-secretário Pedro Henry, cacique político do PP e deputado federal condenado pelo escândalo do mensalão e que ainda continua exercendo mandato em Brasília. Além de 7 novos coordenadores, gerentes e diretores, o Palácio Paiaguás assinou nomeação de 13 assessores e assistentes técnicos.
   Um dos que caíram foi o secretário-adjunto do Núcleo Saúde, Edson Paulino de Oliveira, o Pelezinho, afilhado político e porta-voz do ex-secretário Henry, que foi o idealizou da terceirização do gerenciamento da saúde às Organizações Sociais. No lugar de Pelezinho assume, a partir de hoje, Marcos Rogério Lima Pinto e Silva. Na Coordenadoria de Aquisição e Contratos, setor onde estava “pipocando” denúncias de supostas irregularidades, sai Sandra Damares Buzanello e entra Luis Alexandre Galdino de Medeiros. Foi exonerada também Sílvia Aparecida Tomaz, que era gerente de Desenvolvimento. Entra Camila Dias Capeleto. Saíram ainda Graziela Medeiros Rodrigues Pacheco, da Coordenadoria de Regulação e Vera Lúcia Gomes da Silva, então gerente de Apoio Logístico do Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps), que passa a ser conduzido agora por Roberto Magno Rodrigues da Silva.
   Em meio às mudanças, o governador aproveitou o pedido de exoneração de Thalita Maria Vilela Martins, gerente de Transporte, e nomeou para o posto Paula Vieira Muller. Willian Barbosa Lima deixa o cargo de gerente de Programação Financeira, a ser ocupado por Sílvia Regina Teixeira de Figueiredo. Fazem parte também da nova equipe do secretário Mauri o médico Victor Rodrigues, na diretoria do Hemocentro, e Paula Vieira Muller, na gerência de Transporte. Vários cargos de assessores e assistentes técnicos foram preenchidos, com nomeação, de uma só vez, de 13 pessoas.
   Orçamento minguado
   A secretaria de Saúde se tornou um dos calcanhares de Aquiles do governo Silval, agravada pelo atraso de repasses de recursos para os municípios, descoberta de medicamento vencido nas prateleiras de Alto Custo e falta de estoque para atender a demanda e ainda a polêmica acerca da terceirização da gestão para OSS. O orçamento para a Saúde caiu para a sétima posição entre as 24 secretarias. Para este ano, de um bolo de previsão de receitas e despesas globais de R$ 12,8 bilhões para todas as pastas e demais órgãos da estrutura da máquina, R$ 982,6 milhões são para a pasta conduzida por Mauri Rodrigues. A maior fatia financeira está com a Educação, com R$ 1,6 bilhão, seguida do Transporte e Pavimentação Urbana (R$ 1,39 bilhão), Administração (R$ 1,35 bilhão), Casa Civil (R$ 1,24 bilhão), Secopa (R$ 1,23 bilhão) e Segurança Pública (R$ 1,11 bilhão).
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