Várias lideranças estudantis se manifestaram hoje (27-06) cedo na Tribuna Livre do Legislativo da capital para cobrar dos seus integrantes ações efetivas em prol dos interesses da população. Viviane Motta, do DCE da UFMT, disse que os estudantes têm consciência de que a redução na tarifa do transporte público em Cuiabá ocorreu somente em face da desoneração de encargos fiscais no setor pelo governo federal. "Assim, não houve qualquer mérito por parte do prefeito Mauro Mendes. A população cuiabana não vai se calar diante dessa migalha pretensiosamente concedida". Viviane pediu a revogação imediata do aumento da tarifa.
O presidente da Associação de Pós-graduandos da UFMT, Cauibi Kuhn, um dos que foram atingidos durante violência policial no último dia 06.03, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, proximidades da UFMT, fez exposição detalhada da luta estudantil para que fossem consolidadas várias reivindicações referentes ao transporte coletivo. "Aprovados, após votação, resta agora que o prefeito sancione os projetos. Mas, devo frisar, nossa luta continua. Queremos a redução da tarifa, ampliação/renovação da frota, ar-condicionado nos veículos, melhoria nos pontos de ônibus e garantia da acessibilidade".
Amanhã, afirmou Kuhn, ocorrerão outras mobilizações. A primeira acontece em Várzea Grande (7 horas - foco no transporte/outros itens), e a segunda em Cuiabá, iniciando-se às 17 horas na Praça Alencastro. "Realizaremos o terceiro ato intitulado Cuiabá Contra a Corrupção e Violência. O enfoque, desta vez, será a Saúde, com caminhada ao Hospital Central, obra iniciada há 28 anos e até hoje sem conclusão".
Também Luã Kramer de Oliveira, DCE/UFMT, Danyllo de Moura (Grêmio Estudantil IFMT) e Silvana Silva de Jeuus, da CUT e Sintep/MT, afirmaram que os estudantes vão continuar firmes na luta por melhorias em todos os setores da sociedade. Silvana salientou a existência de forte desrespeito aos trabalhadores, enumerando as dificuldades diárias dos estudantes.
"A participação maciça da classe estudantil e trabalhadora é instrumento forte, decisivo, para conseguirmos com que as reivindicações saiam do papel e se tornem realidade. As discussões de hoje centralizam os péssimos serviços prestados pelas empresas de transporte coletivo, o passe-livre que não é livre, pois tem restrições, a abusiva tarifa, atrasos, precariedade dos pontos e uma série de deficiências no setor. Temos que dar um basta nisso!"
João Carlos Queiroz Secom/Câmara