Redação
Acessibilidade para os deficientes visuais, este foi o tema da reunião entre a Associação Matogrossense dos Cegos (AMC) e o vereador do Partido dos Trabalhadores, Arilson da Silva, nesta quinta-feira (13) na Câmara de Cuiabá. O assunto ganhou destaque com a questão do projeto de reabertura da Salgadeira que não contempla os portadores de necessidades especiais.
Participaram da reunião o presidente da AMC, Sandro Dias da Silva, a psicóloga da entidade, Rosscenia Ribeiro Primo e os funcionários do Instituto dos Cegos, Joanice Moreira da Silva e Mauri Vicente de Oliveira.
De acordo com os representantes dos deficientes visuais, a maior preocupação acerca do projeto de reabertura da Salgadeira é quanto à acessibilidade e a intenção de permitir que o espaço seja somente contemplativo. A questão é, de que maneira os deficientes visuais vão usufruir do local sem poder utilizar o tato.
“Queremos que a Salgadeira volte a ser um espaço livre e que possamos fazer parte deste novo projeto de revitalização. Nossa preocupação é que a Salgadeira não apresente estrutura para nos acolher”, diz o presiddente da AMC, Sandro Dias da Silva.
A psicóloga da Associação, Rosscenia Ribeiro Primo, destacou que a AMC desenvolve ações direcionadas ao trabalho pedagógico e atua há 33 anos no Estado. Ela observou que a ideia é fazer com que a Câmara seja cada vez mais parceira nas iniciativas que buscam melhorias para os portadores de deficiência.
Audiência Salgadeira
A acessibilidade no Complexo da Salgadeira ganhou destaque durante a Audiência Pública realizada pelos vereadores em Cuiabá, na última quarta-feira (12). A convite do vereador Arilson da Silva, a Associação Matogrossense dos Cegos utilizou a tribuna e questionou o o projeto de reabertura da Salgadeira e ainda destacou a necessidade de adequações para que os deficientes visuais possam ser acolhidos.
“Vamos nos manter atuantes para que os portadores de deficiências sejam incluídos e tenham acesso em todos os espaços onde a exclusão ainda é realidade. A Salgadeira deve voltar a ser do povo e ser utilizada pela população, e não somente para ser contemplada. Poder sentir a água da cachoeira é um direito de todos, que deva ser utilizada de maneira consciente e os deficientes visuais não podem ser impedidos de usufruir da natureza. Políticas Públicas devem ser implementadas para que haja acessibilidade e a Câmara vai ser atuante neste sentido”, afirma o vereador Arilson da Silva.