A mãe da menina diz que não sabia que a filha estava sendo violentada.
O Conselho Tutelar e a Delegacia de Proteção a Criança investigam caso.
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Uma criança de apenas três anos foi diagnosticada com HPV (Papilomavírus humano) emTeresina. O Conselho Tutelar e a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescentes do Piauí (DPCA) investigam o caso e a suspeita de abuso sexual, que aconteceu no Parque Universitário, Zona Leste da capital. As lesões nas partes íntimas da garota foram descobertas durante consulta ao pediatra.
De acordo com o conselheiro tutelar Djan Moreira, após a consulta, o pediatra encaminhou a menina para fazer exames em um laboratório e lá uma estagiária percebeu que as verrugas eram características do HPV. Um funcionário ligou para o Conselho Tutelar informando sobre o caso, que encaminhou a menina para novos exames na Maternidade Dona Evangelina Rosa.
"A própria mãe chegou a relatar durante os exames que o seu marido também tinha os mesmos caroços e que a filha começou a apresentar os sintomas há um ano. No exame foi constado que não houve penetração e sim um ato libidinoso. Após isso, ele foi preso ainda na noite dessa segunda-feira, mas depois de prestar depoimento foi liberado", relata.
O padrasto é o principal suspeito de ter cometido abuso contra a criança, mas nega qualquer envolvimento no caso. A mãe, no entanto, declarou não saber que a filha estava sendo violentada. O casal namora há quatro anos e a relação deles começou quando ela ainda estava grávida.
Segundo o conselheiro tutelar, o suspeito de abuso passou a morar com a mãe, quando a criança tinha nove meses. Hoje, o casal tem um filho de sete meses.
A delegada Rejane Piauilino, que acompanha o caso, ouviu nesta terça-feira (18) o padrasto da garota, que em seguida foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) onde fará exames. A criança passará por atendimento psicosocial no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS). A mãe da menina também será ouvida nesta terça.