João Emanuel teria armado plano para derrubar Mauro Mendes e assumir prefeitura

O vereador João Emanuel teria "armado" uma espécie de "casinha de caboclo" para cassar o prefeito para que pudesse assumir a prefeitura de Cuiabá

 Atenção, muita atenção. Alguns vereadores, entre eles João Emanuel, não estão nem ai para o povo, pois a finalidade maior seria mesmo ganhar dinheiro. Existem, inclusive, fortes indícios de que o ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá esteja envolvido em um forte esquema para derrubar o chefe do executivo municipal. Ou seja, até mesmo cassar o mandato do prefeito da Capital, Mauro Mendes. O vereador João Emanuel (PSD), teria "armado" uma espécie de "casinha de caboclo" para cassar o prefeito para que pudesse assumir a prefeitura de Cuiabá.

A meta era gerar muita confusão em vez de paz dentro do Legislativo Municipal. Uma das "arapucas" seria gerar um grande apagão e uma série de impedimentos para que a Casa não voltasse a funcionar tão cedo. Ainda na última quarta-feira, 4 a reportagem do Jornal Centro-Oeste Popular teve algumas informações privilegiadas que davam o tom da orquestração de uma engrenagem diabólica que estaria sendo montada pelo vereador João Emanuel, então presidente da Câmara de Cuiabá. Seus "amigos" e "aliados" estariam mantendo constantes reuniões para colocar em prática um plano já previamente traçado. Alguns "amigos fiéis", inclusive "sócios" de João Emanuel em negócios dentro da Câmara de Cuiabá, estariam preparando, entre outras coisas, vários atestados médicos caso a luz da Câmara, que apagou misteriosamente – e nem os mais especialista dos especialistas em energia elétrica conseguiram fazê-la funcionar - caso a luz voltasse na sessão da última quinta-feira, 5, o Plano B seria o sumiço de vereadores aliados de João Emanoel.

Alguns já estariam "fortemente armados com uma série de documentos previamente providenciados dentro do esquema".  Aliás, o próprio desembargador José Zuquim Nogueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), fez questão de destacar alguns trechos de seu despacho como relator de um recurso na tarde de quinta-feira,5, quando acatou um pedido de liminar que pedia o afastamento do vereador João Emanuel da presidência da Câmara Municipal de Cuiabá.  "Assisti com muita atenção ao DVD que reproduziu a referida sessão e posso enumerar as mais absurdas situações que ocorreram durante a votação (que deveria ser) do pedido de afastamento do Presidente.

Foram momentos de tensão, pressão psicológica, manifestação desrespeitosa de poder e burocracia; desordem, comprometimento de direitos; ilegalidade, arbitrariedade; atos de protesto, tanto de forma tácita quanto expressa, e a tudo isto o agravado mostrou-se alheio, ignorando sua função de coordenar, apaziguar, dirigir, e, sobretudo, de garantir o pleno desenvolvimento dos trabalhos, que deveriam estar pautados na ordem, na observância do regimento e do respeito às manifestações dos componentes da Casa Legislativa", disse o desembargador. Atenta a todos os acontecimentos, uma estudante de Direito que se identificou como Mara, de 22 anos, foi muito taxativa: "Os caras (os vereadores), estão brigando é por aumento de salários. Estão brigando por aumento de verbas que não deveria nem existir. Eles não estão brigando pelo povo, como alguém pode pensar e muitos sonhavam. Ou seja, eles não  estão brigando para que o prefeito de Cuiabá trabalhe bem pela saúde, pela educação, pelo asfaltamento de ruas e pela melhoria do transporte coletivo. Nada disso, os caras querem é assumir a Prefeitura para ganhar grana, muita grana e nada mais".

Desembargador afasta vereador
O desembargador José Zuquim Nogueira acatou, na quinta-feira, 5, o recurso do 2º vice-presidente da Câmara de Cuiabá, Haroldo Kuzai (PMDB), e afastou o vereador João Emanuel (PSD) da presidência do Legislativo. Ele considerou válida a sessão que afastou o parlamentar do cargo há uma semana. Com a decisão, assume o cargo o vereador Onofre Júnior (PSB), que, até aqui, vem fazendo dura oposição também ao prefeito Mauro Mendes.  O agravo de instrumento foi protocolado pelo advogado José Antônio Rosa. Com a decisão, o 1º vice-presidente, Onofre Júnior, passa a responder pelo Legislativo da Capital. João Emanuel ficará afastado pelo prazo de 15 dias até a comissão processante investigar as denúncias contra ele. 

O afastamento de João Emanuel foi aprovado por 16 vereadores da base do prefeito Mauro Mendes (PSB), na  quinta-feira, 29, em uma sessão polêmica, realizada sob a ausência de luz elétrica, da Ata, de notas taquigráficas e até mesmo serviço de som. Os parlamentares alegaram que o presidente da Câmara não estava cumprindo o Regimento Interno para a instalação de quatro Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs).  Entretanto, no dia seguinte, o juiz da 5ª Vara de Fazenda Pública, José Roberto Seror, concedeu um mandado de segurança mantendo João Emanuel no cargo. Os vereadores Leonardo de Oliveira e Adilson Levante ingressaram com agravo de instrumento junto ao Tribunal  de Justiça.  Em sua decisão, o desembargador Nogueira ainda afirma que devido ao modo como João Emanuel conduziu a sessão, o afastamento imediato é necessário para garantir a lisura das investigações.

"O periculum in mora, por sua vez, se afere pela maneira autoritária e manipuladora que o agravado conduziu os trabalhos na sessão, evidenciando que, acaso mantido no cargo de Presidente, irá tumultuar também as investigações, comprometendo a efetiva democracia dentro da Casa Legislativa, a liberdade de manifestação, o tramitar ileso dos trabalhos das CPI's", diz em outro trecho da decisão.

 
José Ribamar Trindade, Especial para o Centro-Oeste Popular

0 Comments:

Postar um comentário

Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com