O vice-presidente do Parlamento britânico, o conservador Nigel Evans, que chegou a ser preso no último mês de maio acusado de estuprar e agredir dois homens, voltou a ser detido por causa de outras três novas acusações de "abuso sexual", anunciou nesta quarta-feira um porta-voz policial.
Evan, de 55 anos, foi detido no último dia 4 de maio sob a suspeita de ter estuprado e agredido dois homens entre 2003 e 2011. No entanto, após o pagamento da fiança, o político conservador foi posto em liberdade.
O vice-presidente do Parlamento britânico, que negou categoricamente todas as acusações ao qualificar que tais versões eram "completamente falsas", foi informado nesta quarta-feira sobre as novas acusações ao se apresentar em uma delegacia local, uma visita que fazia parte das condições estipuladas para o mesmo ter obtido direito à fiança.
Um porta-voz do corpo policial de Lancashire, no norte da Inglaterra, confirmou hoje que Evans "foi novamente detido como suspeito de ter cometido outros três novos crime de agressão sexual".
Segundo a mesma fonte, o político "será interrogado sobre essas acusações em uma delegacia de Lancashire ao longo do dia".
Evans foi detido pela primeira vez sob a suspeita de ter estuprado um homem e de ter agredido sexualmente outra vítima, ambas com idade em torno de 20 anos, entre os meses de julho de 2009 e março de 2013 na cidade de Pendleton, no próprio condado de Lancashire.
No último mês, vários ministros conservadores e moradores da circunscrição de Ribble Valley, a qual Evans representa na câmara dos Comuns, expressaram grande assombro e comoção por causa das suspeitas em torno do vice-presidente do Parlamento britânico.
Evans, de origem galesa, é deputado por Ribble Valley em Lancashire desde 1992 e, desde junho de 2010, era um dos três vice-presidentes da câmera dos Comuns.
De 1999 a 2001, ele foi vice-presidente do Partido Conservador e, com a chegada de Iain Duncan Smith à liderança, foi porta-voz da pasta para Gales.
Após sua nomeação como vice-presidente dos Comuns em 2010, Evans revelou à imprensa que era homossexual e afirmou que estava "cansado de viver uma mentira".