Relatório da CPI do MT Saúde será divulgado na terça e apontará os "chefes" do rombo


Da Redação
Relator da CPI do MT Saúde, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), promete “inovar” o plano de reestruturação do sistema, capitaneado pelo Secretário de Estado de Administração, Francisco Faiad. Ele entregará ao governo proposta para apoio da reformulação do plano, na próxima semana, asseverando a constitucionalidade dos recursos do Estado que subsidiam o programa.
O relatório conclusivo da CPI dever ser apresentado na próxima terça-feira. A CPI é presidida pelo deputado Walter Rabello (PSD) Faiad, em alinhamento com o presidente do MT Saúde, Flávio Taques, finaliza proposta para revisão dos preços do plano.
Taques explicou que o objetivo é contemplar os servidores públicos com valores compatíveis ao “bolso do trabalhador”. Mas foi taxativo ao avisar que o planejamento prevê mudanças gradativas, para minimizar a participação do Estado por meio de recursos públicos.
Emanuel disse que a CPI deverá contribuir, não apenas para a consolidação do sistema, mas ainda para punir culpados por supostas irregularidades, sendo que um dos suspeitos de comandar o rombo milionário de cerca de R$ 21 milhões é o ex-secretário de Administração e atual diretor do MT-PAR, César Zilio (foto). As investigações, que envolveram representantes de operadoras do sistema, devem apontar as falhas no setor.
O assunto será ainda avaliado pelo governador Silval Barbosa (PMDB), que exige a transparência dos atos públicos. O MT Saúde foi criado em 2003, na gestão do ex-governador e senador Blairo Maggi (PR). O plano chegou, no auge, a atender cerca de 55 mil pessoas. No início de 2011, apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre possível inconstitucionalidade da remessa de recursos ao sistema deram início ao desmantelamento da estrutura no Estado.