Quase morro de rir com a redução de R$ 0,10, diz Pagot


Ex-diretor do DNIT critica valor anunciado por Silval e Mendes e "detona" o VLT

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Ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) afirma que problema vai além de redução tarifária
ISA SOUSA
DA REDAÇÃO
O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), Luiz Antônio Pagot (PTB), criticou a redução de R$ 0,10 no transporte público de Cuiabá e intermunicipal, que liga a Capital à Várzea Grande.

O anúncio da redução foi feito pelo prefeito Mauro Mendes (PSB) na segunda-feira (17) e, um dia depois, pelo governador Silval Barbosa (PMDB).

“O cidadão não está protestando por causa de R$ 0,10. Quase morro de rir com essa redução. A população quer que existam ônibus, que eles parem no horário e que a frota seja de qualidade”, disse o ex-homem-forte do Governo Blairo Maggi (PR).

“Ao reduzir essa tarifa em um valor tão mínimo, o Município e o Governo do Estado estão mascarando um negócio que vai além. É um conjunto da obra que não tem sido percebido”, completou.

A medida da Prefeitura foi vista como uma tentativa de barrar manifestações contra o aumento na tarifa e caos no transporte público.

A decissão, na verdade, foi tomada com base na Medida Provisória nº 617, de 31 de maio, que zerou as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário e ferroviário
"O cidadão não está protestando por causa de R$ 0,10. Quase morro de rir com essa redução"

Um protesto foi realizado na tarde de quarta-feira (19) em Cuiabá, e outros três estão previstos para esta quinta-feira (20) e sábado (22), na Capital, e um sexta-feira (21), em Várzea Grande.


Pagot também criticou a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Cuiabá e Várzea Grande, previsto para entrar em funcionamento em 2014, ano da Copa do Mundo.

Para ele, o investimento de R$ 1,4 bilhão no modal não é proporcional à parcela da população que, supostamente, será beneficiada.

“O Estado pegou empréstimos bilionário para um transporte que vai atender pouco mais de 10% da população. Implantar um serviço que não vai resolver? Se quer contribuir decisivamente, o problema tem que ser resolvido na ponta, nos bairros, não simplesmente nas avenidas de Cuiabá”, disse o ex-secretário

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