Alexandra Martins / Câmara dos Deputados
Pastor Eurico: há uma tendência da pedofilia mundial afluir para o Brasil porque há certa uma abertura na nossa legislação.
A erotização de crianças e adolescentes foi tema de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, nesta terça-feira (23). Deputados e especialistas destacaram que a sexualidade precoce presente na mídia e em campanhas educativas e materiais didáticos nas escolas públicas estimula a prática da pedofilia.
O deputado Pastor Eurico (PSB-PE), que solicitou a realização da audiência, considera que está havendo uma banalização do erotismo. “Essa insinuação ao sexo tem sido algo terrível, que fere os princípios da família. Parece que há uma tendência da pedofilia mundial afluir para o Brasil porque há certa uma abertura na nossa legislação. Estamos preocupados com isso."
O diretor da Associação Nacional de Juristas Evangélicos, Guilherme Schelb, lembra que o Brasil é um dos principais destinos internacionais para o turismo pedófilo. "Internacionalmente, hoje, o Brasil e a Tailândia disputam qual é o primeiro destino do turismo para sexo com crianças. O Brasil hoje é o primeiro ou o segundo. Há um conjunto de induções coletivas fomentadas pelo próprio poder público, por meios de comunicação e por artistas que, em um contexto global de influência midiática, levam a criança e o adolescente a aceitar o abuso sexual como forma de carinho."
Alexandra Martins / Câmara dos Deputados
Lindinalva Costa: vende-se a erotização das meninas como se fosse necessária para vencer na vida, vendem a mulher como objeto sexual.
Além do incentivo à pedofilia, a promotora de Justiça do Ministério Público do Mato Grosso, Lindinalva Costa, explicou quais são outros efeitos negativos da erotização de crianças e adolescentes. "Vende-se a erotização das meninas como se essa erotização fosse necessária para vencerem na vida, vendendo a mulher como um objeto sexual. Ela passa, então, a seguir esses estereótipos de beleza, de magreza. Tudo isso é muito prejudicial."
Entre as medidas apresentadas para combater a erotização de crianças e adolescentes, está a sugestão de Guilherme Schelb, de incluir músicas na classificação indicativa.
Protesto
Durante a audiência pública, as secundaristas Amanda Oliveira e Maria Eduarda Souza ergueram um cartaz em protesto contra a aprovação, na Comissão de Direitos Humanos, do projeto (PDC 234/11) que permite que psicólogos tratem a homossexualidade como doença. Apesar de concordar com a preocupação em torno da sexualização precoce, Amanda criticou “o tom preconceituoso contra os homossexuais”.
Durante a audiência pública, as secundaristas Amanda Oliveira e Maria Eduarda Souza ergueram um cartaz em protesto contra a aprovação, na Comissão de Direitos Humanos, do projeto (PDC 234/11) que permite que psicólogos tratem a homossexualidade como doença. Apesar de concordar com a preocupação em torno da sexualização precoce, Amanda criticou “o tom preconceituoso contra os homossexuais”.
A estudante reclamou das colocações feitas durante a audiência. "Principalmente como algo que impede de ir para o céu, como eles mesmos colocaram hoje, dizendo que a gente precisava de muita ajuda para ir ao céu. Eu não acho que seja assim, porque a gente tem muito mais atitude de cristão do que muita pessoa que se diz religiosa, por aí, e não age como tal."
Da Rádio Câmara
Edição – Regina Céli Assumpção
Edição – Regina Céli Assumpção