MPE pede informações à Prefeitura de Cuiabá sobre maquinários

Panta Locadora do Pará ingressou com pedido de liminar na justiça para suspender a licitação por indícios de irregularidades

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O promotor do Ministério Público Estadual (MPE) Mauro Zaque encaminhou ofício à Prefeitura de Cuiabá para o procurador-geral do município, Rogério Gallo, fornecer informações referentes ao processo licitatório para locação de maquinários, no prazo de 15 dias. O ofício pede documentação da licitação para apurar eventuais irregularidades após polêmica instaurada por suposto direcionamento.

A locação dos maquinários gerou polêmica quando a empresa Panta Locadora do Pará ingressou com pedido de liminar na justiça para suspender a licitação por indícios de irregularidades, já que a empresa vencedora do certame é de propriedade de sócio e doador de campanha, do prefeito Mauro Mendes (PSB).

A Trimec Construtora e Terraplanagens, venceu lote da licitação de pelo menos R$4,5 milhões, para locação de maquinários pesados como retroescavadeiras e escavadeira hidráulica pelo período de 12 meses. A empresa é de propriedade do empreiteiro Wanderley Fachetti Torres em sociedade com o empresário Valdinei Mauro de Souza, e ambos são sócios de Mendes em outras empresas, como por exemplo, no ramo da mineração.


Mauro Zaque informa que o ofício encaminhado à Prefeitura visa maiores informações sobre o processo licitatório. “A Prefeitura tem 15 dias para fornecer a documentação referente à licitação, para apurarmos se existe alguma irregularidade”, disse.

Com a análise da documentação, o promotor poderá observar se a Lei de Licitações foi respeitada. Questionado se existe irregularidade sendo que o proprietário da empresa vencedora é sócio do prefeito em outra empresa, Zaque explica que “é cedo para falar, mas que a medida será tomada a partir da análise de todo o certame”, concluiu.

A Prefeitura de Cuiabá informou que foi necessário o certame porque dos 67 maquinários deixados pelo ex-prefeito Chico Galindo (PTB), apenas 30 estão em funcionamento. A Prefeitura alega que as peças são importadas e por isso, a demora para arrumar as máquinas estragadas.

Procurado pela redação, o procurador-geral do município, Rogério Gallo, não atendeu ou retornou as ligações.

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