Moradores do DR. Fábio II afirmam que fiscais da prefeitura trapacearam para conseguir assinaturas

Moradores do DR. Fábio II afirmam que fiscais da prefeitura trapacearam para conseguir assinaturas
Os moradores do Bairro Dr. Fábio II reclamaram que fiscais da prefeitura de Cuiabá os enganaram para conseguir suas assinaturas em notificações de desocupação das casas. Os relatos foram registrados em um vídeo publicado no You Tube, na página pelo vereador Allan Kardec, nesta terça-feira (06). As imagens foram feitas na tarde dessa quarta-feira (05), momentos depois de os fiscais terem feitas as notificações.

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De acordo com a fala de uma das moradoras, algumas pessoas foram até sua residência e se identificaram como fiscais da prefeitura que estariam lá para regularizar a situação dos lotes daquela região. “Eles pediram o meu CPF e a minha assinatura, mas depois disso, eles falaram que eu tinha 30 dias para deixar a minha casa e saíram rindo”, relatou.

(Veja o vídeo aqui)

Uma segundo dona de casa também descreveu situação semelhante. Analfabeta, a senhora disse ter sido abordada pelos fiscais que alegaram que ela assinasse “em benefício da própria família”.

A prefeitura de Cuiabá, por meio de uma nota de esclarecimentos, sustenta que “durante à tarde do dia 05 de junho, o secretário municipal de Cidades, Suelme Evangelista Fernandes, recebeu as principais lideranças do Bairro Dr. Fábio Leite II com a finalidade de esclarecer sobre a ação da prefeitura no bairro, expondo os benefícios sociais que a comunidade receberá com o programa. Na ocasião, o secretário obteve total apoio dos presentes”.

Entretanto, o presidente da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), Edio Martins de Souza, negou ter recebido qualquer informação sobre a desapropriação das casas. Ele também criticou a postura do Executivo que, segundo ele, tem desrespeitado os trabalhos da entidade e tem tratando com indiferença a população.

“Acho que falta sensibilidade do prefeito Mauro Mendes. Ele fala que a prefeitura está retomando áreas que pertence ao município, mas não faz a fiscalização das áreas e depois de ocupada e as famílias construírem uma vida ali, vem e notifica os moradores”, criticou.