CLÁUDIO MORAES
Da Editoria
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Em entrevista ao programa Chamada Geral (Rádio Mega FM - 95,9), o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), fez hoje uma revelação surpreendente. Ele afirmou que tóxicos, como maconha e cocaína, estavam sendo comercializados livremente dentro do hospital e pronto-socorro municipal de Cuiabá.
Segundo o prefeito socialista, o ato criminoso foi descoberto após informações que chegaram ao conhecimento do secretário municipal de Saúde, o médico Kamil Hussein Fares (PDT). "Ficamos sabendo que haviam pessoas entrando no pronto-socorro para vender drogas e, de imediato, tomamos médicas para impedir isso", contou ao radialista Lino Rossi nesta segunda-feira pela manhã.
Para evitar a prática criminosa e controlar o acesso de pessoas a unidade de saúde, o prefeito decidiu então contratar uma empresa privada de segurança para revistar as pessoas no pronto-socorro, sendo que a medida deve ser estendida a outras unidades de saúde pública da capital do Estado. "Meses atrás, uma pessoa que seria chefe do tráfico numa região da cidade teve que ser atendida no pronto-socorro. Daí, um dos seus amigos chegou ameaçando de matar o médico caso ele não furasse a fila e desse prioridade ao traficante", detalhou.
Em relação ao episódio envolvendo a repórter fotográfica Mary Juruna, do site Midianews, que teria sido agredida por um dos seguranças na frente do pronto-socorro na semana passada, o prefeito disse que recebeu informações de que a profissional forçou a entrada no local sem ter autorização. "Existem pessoas que buscam criar fatos. No pronto-socorro, agora existem critérios para se entrar. Pelo que sei, a profissional tentou entrar no pronto-socorro sem estar autorizada e forçou uma situação até porque não acredito que um segurança chegue ao ponto de agredir uma mulher", assinalou.
DÍVIDAS E LICITAÇÕES
Durante a entrevista, o prefeito socialista detalhou que já pagou cerca de R$ 60 milhões em dívidas com fornecedores deixadas pelo ex-prefeito Chico Galindo (PTB), que o apoiou na campanha do ano passado. "Atendendo ao princípio da continuidade, já paguei R$ 60 dos R$ 130 milhões deixados pelo nosso antecessor", frisou.
Conforme Mauro Mendes, as compras efetuadas desde janeiro, quando assumiu o palácio Alencastro, estão literalmente em dia. Sobre as denúncias de que amigos estariam vencendo licitações direcionadas na prefeitura, Mauro Mendes reagiu com ironia questionando a capacidade dos parlamentares de oposição na Câmara Municipal.
"Estou contente vendo a oposição buscando querer criar factóide. Ninguém nunca disse que as licitações foram feitas com superfaturamento, o que demonstra que temos feito tudo dentro do normal", disse, numa referência aos pregões presenciais vencidos pelas empresa Trimec Construções para locação de veículos e Brita Guia para fornecimento de pedras e pedriscos.
Segundo Mauro Mendes, o fato de ter amizade com empresários não pode impedi-los de fornecer seus produtos para a prefeitura. "Não há nenhuma imoralidade e ilegalidade. Os serviços fornecidos pelas empresas estão 20% abaixo do que eram oferecidos no ano passado", comentou.
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