Gecoc começa a investigar Vanessa Ingrid


Promotor confirmou que serão realizadas apurações do envolvimento da jovem com o tráfico de drogas
O depoimento revelador de Tiago Handerson de Oliveira Santos, na última semana, colocou o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) no caso que apura o envolvimento da jovem Vanessa Ingrid em uma série de crimes. A notoriedade de Vanessa se deu após a revelação dela ser apontada como mandante das execuções da estudante Bárbara Regina e Franciele Rocha.

Foto: Arquivo MN
Vanessa Ingrid
O promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, integrante do Gecoc, confirmou que essa semana algumas investigações paralelas ao “Caso Bárbara”, que Vanessa Ingrid está diretamente ligada, serão realizadas já que há fortes indícios de que Ingrid faça parte de uma quadrilha de tráfico de drogas, além da questão de exploração sexual revelada pela Polícia Civil. 

O promotor Marcus Mousinho solicitou ontem, 3, o auxílio do Gecoc para investigar Vanessa, por entender que: “segundo o relato do Tiago Handerson de Oliveira Santos, primo de Vanessa Ingrid,  há outros tipos de crimes que não são de competência da 48ª promotoria, como tráfico de entorpecentes e formação de quadrilha, que a jovem teria participação.”

Alfredo Gaspar disse que o Gecoc vai contribuir no que for necessário nas investigações. “Vamos apoiar o promotor Mousinho em todos os quesitos e vamos descobrir a participação de Vanessa Ingrid em todas as suas incursões criminosas”, enfatizou o membro do Gecoc.

ESQUEMA CRIMINOSO 

Pelos dados repassados pelo primo de Vanessa Ingrid, ela seria responsável pela organização de uma rede de prostituição na capital alagoana, que teria como carro chefe, para a sua divulgação o site "Tops de Maceió".

Segundo a Polícia Civil, Vanessa Ingrid negou ser a dona do referido site, mas as investigações apontam que ela mantém, no comando da home page uma "laranja" de sua confiança, identificada previamente como Franciele.

Mas, não para por aí, além do esquema de prostituição, Vanessa Ingrid, conforme Tiago, ela também seria um dos braços da facção criminosa, do Estado de São Paulo, Primeiro Comando da Capital (PCC), em Alagoas.

Sendo assim, as garotas de programa, cerca de 50 jovens, conforme os dados divulgados pela Polícia Civil seriam usadas como "mulas", para a realização do tráfico de drogas no Estado.

As garotas de programa eram levadas para outros Estados do Brasil, onde, além de fazerem encontros sexuais, eram obrigadas a trazer consigo a droga que seria revendida em Maceió. Elas viajavam em caminhões, e para isto, mantinham relação sexual com caminhoneiros facilitando assim o transporte dos entorpecentes.