Teresa Rosson (centro) segura uma foto sua aos 11 anos, enquanto o advogado Jeff Anderson exibe uma foto do padre Stephen Kiesle Foto: AP
Teresa Rosson (centro) segura uma foto sua aos 11 anos, enquanto o advogado Jeff Anderson exibe uma foto do padre Stephen Kiesle
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Novas ações judiciais foram apresentadas contra autoridades da Igreja Católica na Califórnia nesta quarta-feira, por encobrir atos de pedofilia de um padre, informou um comunicado emitido pelos advogados das vítimas.
As ações, apresentadas em um tribunal de Oakland, ao sul de São Francisco, envolvem seis mulheres e um homem, que afirmam ser vítimas de abusos sexuais do sacerdote Stephen Kiesle, entre 1972 e 2001.
A maioria dos demandantes teria sofrido agressões do padre Kiesle durante sua infância e adolescência.
"Os bispos católicos americanos e o Vaticano facilitaram por longo tempo os abusos sexuais contra crianças, protegendo sacerdotes pedófilos", afirma a ação judicial, da qual a AFP obteve uma cópia.
"Os bispos e a hierarquia católica atuaram assim para evitar que os padres fossem processados e evitar escândalos" públicos, completa o texto.
Deixaram "famílias católicas e crianças nas mãos de reconhecidos pedófilos e se apoiaram na devoção de seus fiéis para manter em segredo todos os novos abusos" que iam cometendo, completa o texto.
Em abril do ano passado, o advogado das vítimas, Jeff Anderson, entregou documentos públicos demonstrando que nos anos 1980 o hoje Papa Bento XVI, então chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, adiou por longo tempo a expulsão do padre Kiesle, mesmo ciente de vários casos de agressão sexual.
O pedido para que Kiesle deixasse o sacerdócio, apresentado em 1981, foi aceito apenas em 1987, mas um ano depois ele ainda trabalhou por oito meses como coordenador de atividades para jovens em uma paróquia da Califórnia.
Em 2004, foi condenado e preso por abusar de um menino nesse mesmo ano. Foi libertado em fevereiro de 2009 e continua vivendo na Califórnia.
A Igreja Católica foi afetada nos últimos anos por escândalos relacionados com casos de pedofilia, especialmente em Áustria, Bélgica, Irlanda, Alemanha e Estados Unidos.
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