Servidores foram às ruas para protestar por mais estrutura de trabalho.
Público criticou ausência do governador de MT e do prefeito de Cuiabá.
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O desfile cívico de 7 de Setembro, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá, durou pouco mais de duas horas, reuniu cerca de 2,5 mil pessoas, e foi o local escolhido para manifestações pacíficas de diferentes grupos da sociedade, como trabalhadores da educação, policiais federais e defensores públicos.
Uma manifestante, vestida de verde e amarelo, invadiu a área reservada ao desfile, mas logo foi retirada por policiais militares. “Vim aqui para protestar contra a irresponsabilidade do governo do estado quanto ao seu papel na política pública da educação”, disse a professora da rede estadual Leidiane Cristina Borges, de 40 anos.
O também professor Eloir Carlos Firmino, de 42 anos, era um dos manifestantes do Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso). Segurando uma faixa de protesto, ele criticou a falta de investimento no setor.
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“E não digo só na parte de estrutura, mas na parte pedagógica também. Eu tenho carga horária de 43 horas semanais, e ainda tenho que fazer plano de aula, preencher diário. Isso sem contar as salas superlotadas e sem ar-condicionado”, declarou o educador, que mora em Lambari D’oeste, a 327 km de Cuiabá.
Defensoria Pública
Os defensores públicos foram à rua para defender a categoria. A mobilização foi organizada pela Anadep (Associação Nacional dos Defensores Públicos) e realizada em todos os estados.
Os defensores públicos foram à rua para defender a categoria. A mobilização foi organizada pela Anadep (Associação Nacional dos Defensores Públicos) e realizada em todos os estados.
“Queremos mostrar à sociedade o que é a defensoria pública e buscar, junto ao povo, o fortalecimento institucional”, disse Fernanda Cícero de Sá, da Associação Mato-grossense de Defensores Públicos.
O defensor-público geral Djalma Sabo Mendes afirmou que um dos objetivos é sensibilizar as autoridades para que “olhem com mais carinho” para a defensoria pública, principalmente em relação aos recursos.
“Estamos percorrendo um árduo caminho no sentido de buscar um orçamento que nos permita levar o atendimento a toda a população. Em Mato Grosso, estamos presentes em apenas metade das comarcas existentes. Existe uma demanda reprimida muito grande”, disse.
De acordo com o defensor, há 47 vagas de defensor público para serem preenchidas no estado.
Polícia Federal
O Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso (Sinpef-MT) foi à avenida para manifestar a indignação com a categoria, que realizou protestos em todo o país. “Há um descaso, por parte do governo federal, com a segurança pública. Os policiais federais querem trabalhar, mas são impedidos, por falta de estrutura”, criticou o presidente do sindicato, Erlon José Brandão de Souza, de 59 anos.
O Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso (Sinpef-MT) foi à avenida para manifestar a indignação com a categoria, que realizou protestos em todo o país. “Há um descaso, por parte do governo federal, com a segurança pública. Os policiais federais querem trabalhar, mas são impedidos, por falta de estrutura”, criticou o presidente do sindicato, Erlon José Brandão de Souza, de 59 anos.
O policial afirmou que a Polícia Federal, hoje, funciona “de forma capenga” e que a parte ostensiva e preventiva da instituição estão com sérios problemas no funcionamento.
Ausências
O governador Silval Barbosa, o vice Chico Daltro e o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, não participaram do desfile cívico. As ausências dessas autoridades foram criticadas por quem saiu de casa para acompanhar o desfile.
O governador Silval Barbosa, o vice Chico Daltro e o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, não participaram do desfile cívico. As ausências dessas autoridades foram criticadas por quem saiu de casa para acompanhar o desfile.
“Cada dia que passa vem menos gente assistir ao desfile. E, neste ano, nem o governador e nem o prefeito vieram. Lamentável”, declarou o funcionário público Hélio de Souza, de 63 anos.
Barbosa foi representado pelo secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, e Mendes teve como representante o secretário de Educação de Cuiabá, Gilberto Figueiredo. O secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamente, e o comandante da Polícia Militar, coronel Nerci Adriano Denardi também marcaram presença.
Corrupção
A insatisfação com os políticos em geral e a corrupção em todas as esferas de governo deram a tônica à crítica da funcionária pública Dirce Pecora, de 52 anos, que foi ao desfile com a mãe, Vera Leite, de 80 anos, e com o neto, Giulio Pietro, de 7.
A insatisfação com os políticos em geral e a corrupção em todas as esferas de governo deram a tônica à crítica da funcionária pública Dirce Pecora, de 52 anos, que foi ao desfile com a mãe, Vera Leite, de 80 anos, e com o neto, Giulio Pietro, de 7.
“Quem fica ali no palanque não tem a menor consideração com quem está aqui embaixo. A gente só vem porque o desfile, em si, é muito bonito, e respeita instituições como o Exército”, declarou.
Ela é servidora do Hemocentro-MT e afirma que as condições atuais de trabalho são ruins. “Exercemos nossas funções de forma precária, sem equipamentos básicos, como luvas. A verdade é que esses políticos ganham muito para não fazerem nada”, criticou.






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