Governo federal já começou a liberar recursos para a prefeitura
"Quantos novos recursos forem necessários, o Ministério da Saúde vai investir", afirmou Helvécio Magalhães, secretário Nacional de Atenção à Saúde. (Foto: Secom).
O prefeito Mauro Mendes (PSB) e o secretário Nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, e lançou o programa SOS Emergência, que prevê a aplicação de R$ 6,6 milhões na compra de novos equipamentos e materiais para o pronto-socorro de Cuiabá.
Na última semana, o Ministério da Saúde liberou R$ 2,9 milhões do total de recursos e a licitação para a compra de equipamentos já está em andamento. “Transferimos R$ 2,8 milhões que foram aplicados em equipamentos de emergência. Quantos novos recursos forem necessários, o Ministério da Saúde vai investir. Ficamos seguros em investir em Cuiabá ao ver que essa primeira parte foi bem aplicada e muito bem controlada”, afirmou o secretário Helvécio Magalhães.
Além dos recursos do SOS Emergência, a Prefeitura de Cuiabá também habilitou os 40 leitos de UTI do Pronto-Socorro, regularizando o cadastro dos mesmos e, a partir do próximo mês, receberá recursos para a manutenção. “No mês que vem já receberemos R$ 700 mil para a manutenção desses leitos. Muitos equipamentos que usamos nas UTI já são antigos. Poderemos comprar novos e também fazer a manutenção dos que temos”, explicou Mauro Mendes.
O secretário Helvécio Magalhães veio pessoalmente realizar a primeira visita de acompanhamento da aplicação dos recursos, que será realizada periodicamente. “A riqueza do SUS é a interação dos entes federados: municípios, estado e união. Cada centavo que vier para a cidade será rigorosamente acompanhado e estamos convencidos de que será muito bem aplicado pela administração do prefeito Mauro Mendes”, disse.
O SOS Emergência também prevê um repasse mensal de R$ 300 mil para o custeio do Pronto-Socorro de modo geral. A primeira parcela já está liberada. “Esses recursos são por tempo indeterminado. Atualmente gastamos R$ 6 milhões ao mês com o custeio do Pronto-Socorro. Pode parecer pouco o repasse do Ministério, mas vai ajudar muito”, disse o secretário de Saúde da Capital, Kamil Hussein Fares (PSD).
Caos no PS
Os investimentos do governo federal devem amenizar um pouco os inúmeros problemas que se acumulam no pronto-socorro de Cuiabá, que vão, desde falta de materiais para os médicos, de leitos de UTI e vagas, à precariedade na infraestrutura.
Os investimentos do governo federal devem amenizar um pouco os inúmeros problemas que se acumulam no pronto-socorro de Cuiabá, que vão, desde falta de materiais para os médicos, de leitos de UTI e vagas, à precariedade na infraestrutura.
No mês passado, o programa Profissão Repórter da emissora Globo exibiu um programa sobre as dificuldades enfrentadas pelos pacientes de hospitais públicos do país, mostrando também o que se passa em Cuiabá, no pronto-socorro.
Um dos casos mostrados foi de Hiann, bebê de um ano que estava internado na sala para cuidados intermediários, devido a complicações cardíacas. Em estado grave, o bebê, que precisava ser transferido para uma UTI imediatamente, mas não foi por não haver vagas, acabou morrendo.
Na ocasião, o secretário de Saúde de Cuiabá, Kamil Fares chegou a ir até o local para tentar dar uma explicação à jornalista Eliana Scardovelli. Ele classificou a situação do pronto-socorro como "bomba atômica".
"Não imaginei que a situação fosse tão grave. Isso aqui está uma bomba atômica. Está um salve-se quem puder. Estamos fazendo o máximo para resolver o problema emergencial, assumimos a gestão em quatro meses. A vida é assim mesmo. Tem muita gente morrendo hoje sem necessidade de morrer