PF prende homem com vídeos


A Polícia Federal prendeu em flagrante na manhã desta sexta-feira (7), em Taguatinga Norte, Distrito Federal, um homem de 20 anos com vídeos de pedolfilia em um computador pessoal. A ação que prendeu o suspeito faz parte da Operação Infância Segura, para combater o crime de difusão de imagens com conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes pela internet.
Ao todo, 16 homens foram presos e outros dois menores apreendidos em flagrante suspeitos de armazenar material de pornografia infantil. Foram cumpridos também 26 mandados de busca e apreensão para 16 cidades do país. O material, vídeos, computadores, DVDs, CDs e fotos será periciado. O laudo final deve sair em 15 dias.

Segundo a delegada Tatiana da Costa Almeida, do Grupo Especializado de Combate aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil na Internet da PF, a corporação vai confrontar as imagens apreendidas com suspeitos de divulgar pedofilia em 9 estados e no Distrito Federal com um banco de dados da Interpol para tentar identificar crianças e adolescentes vítimas de abusos e também os agressores.
"O material mostra crianças nuas, mostrando genitálias, ou praticando sexo com adultos. São bebês, crianças pequenas, até adolescentes. Estamos divulgando a operação para que as pessoas tenham consciência de que, quanto maior a demanda por este tipo de material, mais crianças serão abusadas. E também para que os pais fiquem mais atentos, percebam isso. Muitas vezes as crianças são dopadas, iludidas por um doce, para praticarem um ato sexual", diz Tatiana.
Ainda não foram identificadas as vítimas e os agressores mostrados nas imagens e fotos.
Segundo a delegada, os alvos da operação eram monitorados desde setembro de 2012, quando a PF deflagrou, no Rio Grande do Sul, a Operação Dirty Net, na qual foram presas 32 pessoas que recebiam material de pedofilia. "Alguns dos presos resolveram colaborar e, desde então, conseguimos identificar e rastrear pessoas que estavam distribuindo este material pela internet", afirmou Tatiana. Os vídeos eram divulgados através de redes sociais e grupos fechados.
"Além de responderem pelo crime de difusão de pornografia, os presos nesta sexta-feira responderão também por ter armazenado este material, são dois crimes distintos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)", disse a delegada.
O crime de posse de material pornográfico é afiançável. A pena, porém, em caso de condenação, varia até 4 anos de reclusão, diz a delegada. As prisões nesta sexta-feira só foram possíveis porque peritos acompanharam os policiais, atestando no momento do flagrante que o material se tratava de pornografia infantil.