Atual gestão quer implantar o Programa Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, cujo investimento é de R$ 95,5 milhões
ALIANA CAMARGO
Depois de muita polêmica sobre a desocupação de moradores no bairro Doutor Fário 2, o prefeito da Capital Mauro Mendes se comprometeu a explicar aos residentes na primeiras horas desta sexta-feira, às 6h30.
A intenção é esclarecer antes dos moradores saírem para os seus trabalhos e apagar os ânimos de muitas famílias que se sentem ameaçadas de deixarem o local.
Pelo menos 400 pessoas estavam presentes na Câmara de Vereadores de Cuiabá nesta quinta-feira (6) para pedir apoio dos vereadores, já que na segunda (3) receberam notificação da prefeitura para sair em prazo máximo de 30 dias.
De acordo com o Palácio Alencastro, o prefeito que fazer os moradores da região entenderem que adesocupação é necessária nos casos em que as pessoas não estão regularizadas.
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A atual gestão quer implantar o Programa Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, cujo investimento é de R$ 95,5 milhões. O projeto inclui a construção de 472 casas no Programa “Minha Casa, Minha Vida”, além de asfaltar cem por cento de todo o bairro, como promessa da prefeitura.
Porém, a maior parte de quem vive no bairro, não tem para onde ir. Como é o caso de Elizer Magalhães, 34 anos, vigilante. Ele mora com a esposa e enteados, disse que não recebeu a notificação, mas que há um Contrato Particular de Compromisso de Compra e Venda.
MORADORES
O papel a que ele chama de “escritura” não tem sequer carimbo de um cartório e está no nome do enteado Rosalino Xavier de Matos. Quem vendeu o lote foi Juares Antônio Batista do Amaral, a quem ele e outros moradores que também compraram chamam de doutor Juares.
Outra personagem desta história é Maria Orly de Matos, 77. Professora aposentada ela é presidente do doutor Fábio 2 e mora no local há 17 anos. “Ela se diz preocupada em sair do local e afirma que tem muitas pessoas que não tem para onde ir”.
Nelson Pereira, 35, trabalha como eletricista e mora no local há sete anos. Diz que a vizinha foi notificada e chamou a atenção pela forma que foi abordada.
“O servidor da prefeitura chego lá e disse que era para assinar para regularizar o lote. E agora a gente sabe que é para desocupar, isso é uma forma de ludibriar”, posiciona-se.
A assessoria da Prefeitura afirma que precisa da área para trazer os benefício do Programa de Aceleração do Crescimento e refutou a ideia de que os servidores ludibriaram moradores.
Segundo informa o Executivo, houve várias reuniões preparatórias de todos os servidores envolvidos. A ação de notificação foi composta pelas secretarias de Meio Ambiente e Assuntos Fundiários, Cidade e Assistência Social.





