MP deve investigar casos de grilagem de terras da prefeitura, diz prefeito

Victor Cabral

Foto: Tchélo Figueiredo
Foto: Tchélo Figueiredo -- Prefeito Mauro Mendes durante coletiva nesta 5ª
Prefeito Mauro Mendes durante coletiva nesta 5ª
   Após a polêmica referente à notificação para desocupação de 37 hectares de área pública no bairro Doutor Fábio II, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), disse que o Ministério Público vai entrar no caso para identificar os grileiros. Enfático, o socialista ainda garantiu que não vai mais tolerar invasores de terra. Quanto aos moradores notificados, Mauro frisou, durante coletiva de imprensa nesta quinta (6), que quem vive em situação de extrema pobreza – de zero a três salários mínimos por família –não será retirado do local.
   “Serão retirados aqueles que forem especuladores, ou seja, que praticam a grilagem. Eles se apropriaram de áreas públicas e enganaram as pessoas ao venderem para que elas construíssem. E aquelas pessoas que tiverem vários terrenos, que possuem uma boa condição financeira, também não vão ficar”, explicou o prefeito.
   O secretário municipal de Cidades, Suelme Evangelista (PSB), disse que de abril deste ano até este mês, pelo menos 100 lotes foram invadidos no Doutor Fábio II e que há pelo menos 10 grileiros atuando no bairro. Ele ainda revela que 42% das áreas públicas do município foram ocupadas por invasores. 
   Segundo o prefeito, R$ 95,5 milhões – verba do PAC II – foram destinados para a construção de 472 casas populares na área pública que hoje está ocupada pelos moradores. Também serão construídas 475 casas no bairro Jonas Pinheiro. Além disso, outras 600 casas para pessoas pobres. Mauro, por diversas vezes, frisou que a intenção da prefeitura, com a desocupação, não é prejudicar os moradores, mas sim garantir a implantação do PAC II. “Para que o recurso do PAC seja aplicado não pode haver irregularidade. Vão ser asfaltadas 70% das ruas”, detalhou.
   Indagado se o processo de desocupação não teria sido um erro da secretaria de Cidades e que caberia demissão, como sugerido pelo vereador Ricardo Saad (PSDB), na sessão de hoje, o socialista disse que se fosse demitir todos que erram em sua gestão ninguém trabalharia com ele. “Todo mundo erra”, justificou.
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