Soldado do Exército foi preso durante operação nacional da PF
Um soldado do Exército foi preso em casa, ontem, no Bairro Santa Cruz, durante operação de combate à pedofilia desenvolvida pela Polícia Federal em várias partes do País. O rapaz, de 22 anos, não teve seu nome revelado, como é praxe da PF, que encontrou em sua residência vasto material comprobatório de seu envolvimento com esse tipo de crime. Seis peritos vieram de Curitiba para prender o militar, identificado através de um minucioso trabalho de rastreamento via internet.
Na casa do soldado foram encontrados cerca de seis gigabytes de imagens, incluindo vídeos e fotos de crianças e adolescentes em atos pornográficos. Também foram recolhidos e encaminhados à Delegacia da Polícia Federal um notebook, uma câmera digital e vários pen drives.
Segundo o delegado Mário César Leal Júnior, que coordenou a operação em Cascavel, as investigações vão prosseguir para esclarecer se o acusado agia isoladamente ou tinha comparsas na cidade.
| Aílton Santos |
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Na casa do militar, os policiais encontraram vasto material comprobatório da prática de pedofilia
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INVESTIGAÇÕES
As investigações da Operação Infância Segura foram coordenadas de Brasília pelo Gecop (Grupo Especial de Combate aos Crimes de Ódio e Pornografia Infantil na Internet) e contaram com a participação de diversas unidades da Polícia Federal, além da cooperação de órgãos de segurança de outros países.
Os delegados Fábio Simon e Márcio Cesar Júnior não deram maiores detalhes durante a entrevista coletiva de ontem de manhã, na Delegacia da PF em Cascavel, mas asseguraram que o trabalho não está encerrado com a prisão do acusado. A pena para esse tipo de crime é de 3 a 6 anos.
A posição do Exército
A prisão do soldado causou surpresa aos colegas de farda. A versão oficial é de que no âmbito da unidade onde ele servia essa prática criminosa é impossível não só pela vigilância criteriosa, mas também porque a rede de computação do Exército possui rastreamento e bloqueio de sites indesejados.
Apesar disso, o Exército promete não ficar alheio à questão. Um processo interno será desenvolvido paralelamente à investigação da Polícia Federal poderá culminar com a expulsão do militar antes mesmo que a Justiça decida por sua condenação.





