Feira: laudo afasta suspeita de abuso sexual a bebê afogada

  • Polícia investiga se a mãe, Simone Mota, foi negligente
A bebê Gabriela Ferreira Mota, de 11 meses de idade, que morreu após ter caído em um balde com água no último dia 4 de junho, não foi vítima de violência sexual. A informação consta no laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT), que foi liberado e entregue à delegada Patrícia Brito, titular da Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), localizada em Feira de Santana (distante a 108 quilômetros de Salvador).
"Como não houve violência sexual, vamos encaminhar o caso à delegacia de área, que vai continuar com as investigações", informou a delegada. A titular da DAI disse que o fato de não ter havido violência sexual não significa que a criança não tenha sido vítima de descuido dos responsáveis.
"Pelos depoimentos, percebemos que na casa havia adultos, que eram responsáveis pelo bebê, o que implica ter havido, no mínimo, negligência por parte dessas pessoas", afirmou Patrícia Brito.
O caso será encaminhado à 2ª Delegacia, que investigará se houve ou não negligência dos pais, Simone Mota dos Santos e Osvaldo Ferreira de Amorim.
O caso
Gabriela foi encontrada pela mãe de cabeça para baixo em um balde com água no quintal da casa onde reside a família, no Loteamento Alto do Papagaio, em Feira de Santana. Ela foi levada à policlínica do bairro Parque Ipê, mas faleceu após dar entrada na unidade.
Os médicos que a atenderam desconfiaram que ela havia sido vítima de violência sexual, por apresentar alterações na região dos órgão genitais e acionaram a polícia. Na guia de necropsia constava apenas que a causa da morte foi asfixia por afogamento.