Flávio Mello Rangel, especialista em Políticas Públicas de Combate a Dengue
A convite do vereador Allan Kardec, PT, o especialista em Políticas Públicas de Combate a Dengue (Ministério da Saúde), Flávio Mello Rangel, ocupou hoje (13-06) a Tribuna Livre do Legislativo para alertar que alguns procedimentos adotados pelas unidades de Saúde do município e Estado não são eficazes para evitar a proliferação do mosquito aedes aegyptis, vetor da doença. "No período de 2009 a 2013, Cuiabá vem sofrendo com epidemias de dengue. A introdução da tipificação quatro dessa doença no Estado e município, a partir de 2012, deixou o sistema de saúde em alerta permanente, principalmente no Pedra 90, bairro cuiabano que é considerado área vermelha, de risco iminente, por ser a porta de entrada da cidade".
Isso elevou los reais motivos de preocupação do Ministério da Saúde em relação à dengue, pontuou Rangel, "por conta da proximidade da Copa do Mundo, quando receberemos dezenas de milhares de turistas". Ele sugeriu que alguns procedimentos preventivos sejam adotados de agora em diante, e citou as falhas que acontecem e favorecem abertamente a disseminação da dengue em Cuiabá.
"Preconizado pelo Programa Nacional de Combate a Dengue, os agentes de Controle de Endemias realizam tratamento domiciliar somente em casas onde são encontrados focos (larvas do aedes). Dentro do período epidêmico, de janeiro a junho, esta estratégia poderia ser alterada para verificação, tratamento e coleta de focos em 100% das casas visitadas. Isto atingiria um índice larvário real no município. Porque, com base no Boletim Epidemiológico 21 do CIEVS, de 19 a 25/05/2013, temos 2.636 notificações, com 1.031 casos confirmados e seis graves. O que dá um índice de 39,11%, considerado elevado para os padrões do Ministério da Saúde, que é de 0,9%".
Ainda dentro do mesmo boletim, citou o técnico, consta que foram visitados 41.854 imóveis. "Mas, estranho, desses 41.854, somente 1.619 receberam tratamento, ou seja: míseros 3,8% de casas tratadas nesse universo detectado. É outro agravante para uma capital que irá sediar um certame mundial de futebol".
Na sua opinião, deveria ser promovido um ciclo de dinâmicas de grupos motivacionais, palestras e debates pela equipe de Educação e Saúde do município de Cuiabá, para captação de ideias com os profissionais de Saúde da Rede Municipal, e os profissionais envolvidos nas campanhas, agentes comunitários de Saúde e agentes de Controle de Endemias. "Seria um dispositivo eficaz para sanar qualquer dúvida ou dificuldade no atendimento, verificação e tratamento domiciliar, além de realizar acompanhamento aos doentes em seus domicílios e oferecer informações aos munícipes".
Ele citou também que a informatização é outro fator importante para ser implementado na área de Saúde. "É preciso informatizar os setores da Saúde Primária, Secundária e Terciária com equipamentos modernos, portáteis e interligados, para que, em tempo real, no período endêmico, possam informar ao departamento competente, encarregado das ações de controle e combate a dengue, quanto às notificações de casos suspeitos e confirmados da doença".
Ainda no período epidêmico, instruiu, convém à equipe de Educação em Saúde do Município realizar trabalho preventivo e instrutivo nos terminais aéreo e rodoviário e nas áreas de maior incidência de focos, além de escolas, universidades, igrejas, associações de moradores e outros órgãos, com campanhas na mídia, em geral.
"As sugestões aqui explanadas têm por finalidade abranger a responsabilidade de cada seguimento da Saúde Pública Municipal no controle, prevenção e combate a dengue em sua quatro tipificações. O comprometimento das ações, por parte de todos, viabilizará melhor desempenho e melhoria na qualidade de vida aos munícipes", finalizou Rangel.
Isso elevou los reais motivos de preocupação do Ministério da Saúde em relação à dengue, pontuou Rangel, "por conta da proximidade da Copa do Mundo, quando receberemos dezenas de milhares de turistas". Ele sugeriu que alguns procedimentos preventivos sejam adotados de agora em diante, e citou as falhas que acontecem e favorecem abertamente a disseminação da dengue em Cuiabá.
"Preconizado pelo Programa Nacional de Combate a Dengue, os agentes de Controle de Endemias realizam tratamento domiciliar somente em casas onde são encontrados focos (larvas do aedes). Dentro do período epidêmico, de janeiro a junho, esta estratégia poderia ser alterada para verificação, tratamento e coleta de focos em 100% das casas visitadas. Isto atingiria um índice larvário real no município. Porque, com base no Boletim Epidemiológico 21 do CIEVS, de 19 a 25/05/2013, temos 2.636 notificações, com 1.031 casos confirmados e seis graves. O que dá um índice de 39,11%, considerado elevado para os padrões do Ministério da Saúde, que é de 0,9%".
Ainda dentro do mesmo boletim, citou o técnico, consta que foram visitados 41.854 imóveis. "Mas, estranho, desses 41.854, somente 1.619 receberam tratamento, ou seja: míseros 3,8% de casas tratadas nesse universo detectado. É outro agravante para uma capital que irá sediar um certame mundial de futebol".
Na sua opinião, deveria ser promovido um ciclo de dinâmicas de grupos motivacionais, palestras e debates pela equipe de Educação e Saúde do município de Cuiabá, para captação de ideias com os profissionais de Saúde da Rede Municipal, e os profissionais envolvidos nas campanhas, agentes comunitários de Saúde e agentes de Controle de Endemias. "Seria um dispositivo eficaz para sanar qualquer dúvida ou dificuldade no atendimento, verificação e tratamento domiciliar, além de realizar acompanhamento aos doentes em seus domicílios e oferecer informações aos munícipes".
Ele citou também que a informatização é outro fator importante para ser implementado na área de Saúde. "É preciso informatizar os setores da Saúde Primária, Secundária e Terciária com equipamentos modernos, portáteis e interligados, para que, em tempo real, no período endêmico, possam informar ao departamento competente, encarregado das ações de controle e combate a dengue, quanto às notificações de casos suspeitos e confirmados da doença".
Ainda no período epidêmico, instruiu, convém à equipe de Educação em Saúde do Município realizar trabalho preventivo e instrutivo nos terminais aéreo e rodoviário e nas áreas de maior incidência de focos, além de escolas, universidades, igrejas, associações de moradores e outros órgãos, com campanhas na mídia, em geral.
"As sugestões aqui explanadas têm por finalidade abranger a responsabilidade de cada seguimento da Saúde Pública Municipal no controle, prevenção e combate a dengue em sua quatro tipificações. O comprometimento das ações, por parte de todos, viabilizará melhor desempenho e melhoria na qualidade de vida aos munícipes", finalizou Rangel.
João Carlos Queiroz Secom/Câmara