Até os vereadores da base aliada do prefeito Mauro Mendes usaram a palavra para reprovar ausência de representantes
RENAN MARCEL
Audiência foi realizada nessa segunda-feira (10), na Câmara Municipal de Cuiabá
Não pegou nada bem para a Prefeitura Municipal de Cuiabá a ausência de representantes na audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Vereadores para discutir a regularização fundiária em Cuiabá, principalmente a situação dos moradores do bairro Doutor Fábio II, que na semana passada receberam notificações de despejo (Veja AQUI).
O evento, realizado na manha dessa segunda-feira (10), reuniu mais de 400 pessoas, além de representantes da Defensoria Pública do Estado e Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), e foi marcado pela crítica de diversos vereadores, inclusive dos da base aliada, à falta de representantes do prefeito Mauro Mendes (PSB) no local.
O evento, realizado na manha dessa segunda-feira (10), reuniu mais de 400 pessoas, além de representantes da Defensoria Pública do Estado e Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), e foi marcado pela crítica de diversos vereadores, inclusive dos da base aliada, à falta de representantes do prefeito Mauro Mendes (PSB) no local.
Praticamente todos os participantes foram unânimes em dizer que a ausência de representantes da Prefeitura prejudicou o debate. O mais criticado foi o secretário municipal de Cidades, Suelme Evangelista, responsável pela manobra que levou fiscais da Prefeitura a divulgarem uma suposta campanha de cadastramento para regularização fundiária na semana passada, quando ocorria, na verdade, notificação para que os moradores deixassem o local em 72 horas.
O vereador Onofre Júnior (PSB), primeiro vice-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, foi um dos que criticaram a ausência. “Eles deviam estar aqui, pois essa ameaça de despejo tirou o sono de muita gente. Se hoje estamos falando do Dr. Fábio II, amanhã isso poderá ser estendido a outros bairros”.
O vereador Wilson Kero-kero (PRB) afirmou que, mesmo sendo da base de apoio ao prefeito Mauro Mendes (PSB), não compactua com a operação desastrosa. “Não posso aceitar que um secretário do município tire sono de centenas de pais de família”.
Na mesma linha seguiu o vereador Dilemário Alencar (PTB). “Eu sou da base, mas não sou lesado. Por isso, vamos entrar com um pedido de convocação formal para que esse secretário de Cidades compareça aqui na Câmara e dê explicações à sociedade”.
Autor do requerimento para realização da audiência, o vereador Marcrean Santos (PRTB) afirmou que quantos vezes for necessário o Legislativo convocará a população para debater o assunto. “Esse é um tema de grande inclusão social, pois, sem regularização, o cidadão não pode usar seu imóvel como garantia num financiamento bancário e nem tem tranquilidade que deve ter um verdadeiro proprietário”.
Autoridades também criticaram a ausência, como fez o presidente do Intermat, Afonso Dalberto. O defensor público-geral do Estado, Djalma Mendes, também compareceu, assim como o chefe do Núcleo de Regularização da Defensoria, Air Praeiro.
O OUTRO LADO:
O secretário de Cidades, Suelme Evangelista (PSB), informou ao RepórterMT que durante o período da audiência estava organizando a inauguração do escritório de assistência social, que será montado no bairro Doutor Fábio II, para o levantamento anunciado pelo prefeito Mauro Mendes, com o objetivo de cadastrar as famílias de baixa renda que ocupam terrenos públicos. "Se eu fosse na audiência, a inauguração [do escritório] prometida pelo prefeito aos moradores ficaria comprometida", afirmou. O escritório deve ser inaugurado nessa segunda-feira (10), às 17:30h.
Evangelista aproveitou a reportagem para criticar os "interesses por trás da audiência". Segundo ele, existe motivação política no evento. "Eu acho que existe mais uma motivação política ai. A oposição quer aproveitar para criar transtorno".
A assessoria da Prefeitura informou também que estiveram presentes na audiência Celso Luiz Almeida, coordenador de cadastros imobiliários, e Edvan de Pinto, gerente de cadastros imobiliários, ambos da Secretaria de Cidades.
O OUTRO LADO:
O secretário de Cidades, Suelme Evangelista (PSB), informou ao RepórterMT que durante o período da audiência estava organizando a inauguração do escritório de assistência social, que será montado no bairro Doutor Fábio II, para o levantamento anunciado pelo prefeito Mauro Mendes, com o objetivo de cadastrar as famílias de baixa renda que ocupam terrenos públicos. "Se eu fosse na audiência, a inauguração [do escritório] prometida pelo prefeito aos moradores ficaria comprometida", afirmou. O escritório deve ser inaugurado nessa segunda-feira (10), às 17:30h.
Evangelista aproveitou a reportagem para criticar os "interesses por trás da audiência". Segundo ele, existe motivação política no evento. "Eu acho que existe mais uma motivação política ai. A oposição quer aproveitar para criar transtorno".
A assessoria da Prefeitura informou também que estiveram presentes na audiência Celso Luiz Almeida, coordenador de cadastros imobiliários, e Edvan de Pinto, gerente de cadastros imobiliários, ambos da Secretaria de Cidades.
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