CPI do Tráfico de Pessoas faz audiência para divulgar sequestro de bebê em Cuiabá

Redação
O deputado federal Luiz Couto (PT-PB), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Tráfico de Pessoas na Câmara Federal, disse na tarde de ontem, em Cuiabá, que os casos cruéis de tráfego humano que acabam em cárcere privado, exploração sexual e tráfego de órgãos, têm lhe tirado o sossego. “É preciso punir quem faz dessa prática, uma alternativa para se ganhar dinheiro”, avaliou.
Na capital Mato-grossense, a Comissão ouvi os delegados que atuaram na investigação do sequestro do bebê de um mês, ocorrido bairro Pedra 90, dia 31 de maio e a acusada do crime, Jucione Santos Souza durante a manhã. À tarde organizou audiência pública no auditório Milton Figueiredo, na intenção de divulgar o caso e ajudar na solução e denúncia desses casos. Janice está presa em cela isolada, no Presídio Feminino Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.
Couto parabenizou o Poder Legislativo estadual pela atenção dispensada ao caso e disse que os delegados que estão à frente das investigações, Gianmarco Paccola, adjunto da Divisão de Anti-Sequestro da Polícia Civil e o plantonista Ivar Polessavão, estão realizando um excelente trabalho.
“Quero elogiar a atuação dos delegados, eles estão realizando um trabalho importante que poderá inclusive desvendar se há uma rede de crime do tráfico de pessoas atuando no Mato Grosso. Jucione e o marido dela fizeram depoimentos contraditórios que precisam ser investigados a fundo”, declarou Luiz Couto. O deputado federal ainda informou que os delegados farão levantamento de pessoas desaparecidas no Estado, que na verdade, podem ter sido vítimas do tráfico.
“As redes do crime do tráfico de humanos começam a ser evidenciadas. É importante que o Poder Público atue descobrindo como funcionam essas redes, todo o esquema deve ser punido, a verdade tem que vir à tona. É preciso que leis sejam implementadas, mas também é necessário dar condições para a polícia fazer o trabalho de prevenção”, avaliou o federal ao afirmar que existem esquemas intimidatórios em alguns estados brasileiros, mas que a CPI está disposta a contribuir pelo fim das atuações criminosas “que escravizam, humilham destroem a vida das vítimas bem como das suas famílias”, completou.