Cobradores fantasmas seguram valor caro da tarifa de ônibus em Cuiabá


Maurício Cruvinel | Redação 24 Horas News
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Os 10 centavos de redução da tarifa no sistema de transporte coletivo de Cuiabá ainda estaria aquém do valor ideal. Não bastasse o sistema ruim, um dos piores serviços em qualidade, existe um fator que está “segurando” o valor em patamar elevado: os “cobradores fantasmas”. Segundo o vereador Onofre Júnior (PSB), apesar das empresas terem excluído os trabalhadores dos coletivos, o custo ainda estaria integrando a planilha que define o valor da tarifa. Ele calcula que o valor poderia chegar a R$ 2,85. 
 
Antes da Prefeitura anunciar a redução da tarifa nessa segunda-feira (17), o vereador socialista – em conjunto com o colega Dilemário Alencar, do PTB –  havia requerido formalmente a diminuição do valor sob argumento de que o Governo Federal zerou o PIS, Cofins e Pasep sobre a receita oriunda do transporte coletivo.
 
“Então, nada mais justo que o município reduzisse a tarifa também, mas podemos ir além. O serviço prestado aos usuários é de péssima qualidade e deveria ter mais ar-condicionado. Além disso, foram considerados itens que não correspondem à realidade”, completa Onofre, ao lembrar que as empresas de transporte público incluíram pagamento de cobradores na planilha de custo para se chegar ao antigo valor de R$ 2,95, reduzido pelo município após pressão do Legislativo.
 
Onofre anunciou que pedirá apoio do Governo do Estado para reduzir o atual valor, já que o Executivo de Mato Grosso tem poder de reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel dos ônibus.
 
 O vereador Onofre Júnior (PSB) apresentou na sessão dessa terça-feira (18) dois requerimentos direcionados ao secretário municipal de Trânsito e Transporte Urbano, Antenor Figueiredo Neto. Com isso, o parlamentar quer garantir a estudantes ampliação do passe-livre, 
 
Além de grave, um dos graves problemas do transporte coletivo em Cuiabá é a falta de investimentos em abrigos.  Segundo Júnior, existem em Cuiabá, pelo menos 2 mil pontos de parada, mas apenas 800 são cobertos. “Queremos que o município obrigue as empresas a construir os abrigos e fornecer o mínimo de condições dignas à população” – completa. Há em Cuiabá uma queixa generalizada dos usuários quanto a falta de abrigos.