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Da Redação, com Agência Brasil
"Um fenômeno deplorável em crescimento constante". É dessa forma que o papa Francisco considera a "exploração das crianças no trabalho doméstico", contra à qual lançou um apelo. "Há milhões de menores, na maioria meninas, que são vítimas desta forma escondida de exploração, que muitas vezes inclui abuso sexual, maus-tratos e discriminações", lamentou.
Nesta quarta-feira o papa tratou do assunto no final da sua audiência geral semanal perante cerca de 60.000 pessoas na praça da São Pedro, no Vaticano. Ele, que falava a propósito do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, desejou "vivamente que a comunidade internacional possa tomar medidas cada vez mais eficazes para combater esta verdadeira praga". "É uma verdadeira escravidão", exclamou Francisco, acrescentando que "todas as crianças devem poder brincar, estudar, rezar e crescer no seio das suas próprias famílias, num meio harmonioso, de amor e de serenidade: é o seu direito e é o nosso dever". O papa ressaltou que uma infância serena permite às crianças olhar com confiança a vida e o futuro.
De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 10,5 milhões de crianças são usadas em trabalho doméstico em todo o mundo, em condições de insegurança e até parecidas com a escravidão. A agência da Organização das Nações Unidas para o trabalho disse que cerca de três quartos destas crianças são meninas e que 6,5 milhões destes trabalhadores domésticos têm entre 5 e 14 anos.