Abuso sexual no âmbito familiar - Pedófilo ou molestador sexual

Objetivo:

Compreender com base teórica a diferenças e características dos conceitos de pedofilia e molestador sexual. Relacionando com o abuso sexual com o foco dos casos intrafamiliares.

Texto:

A sociedade ainda tem dificuldade em aceitar o fato de a família poder ser destrutiva, e que nem sempre vai configurar como sendo um ambiente seguro. Quando se refere a abusos sexuais de crianças no âmbito familiar, percebe-se uma vasta utilização do termo “pedofilia” para caracterizar atos isolados de abuso sexual como se fossem atos de pedofilia. Assim, frequentemente é um conceito encarado como sinônimo de abuso sexual, descrevendo aqueles que molestam crianças. Nesta associação os conceitos acabam por se confundir e criar controvérsia acerca do que o termo pedofilia significa e que tipos de sujeitos que são incluídos nesta categoria. 

O abuso sexual infantil intrafamiliar designa o abuso que ocorre na família, também chamado de incesto, envolvendo parentes que vivem ou não sob o mesmo teto, embora a probabilidade de ocorrência seja maior entre parentes que convivem cotidianamente no mesmo domicílio (Amazarray, 1998).
O abuso sexual dentro da família pode incluir tanto os pais biológicos ou os padrastos e madrastas quanto quaisquer outros cuidadores que a criança deposita confiança e para as quais têm algum poder ou autoridade sobre ela (Sanderson, 2005).O abuso sexual infantil intrafamiliar é considerado o mais comum. Raramente é feito o diagnóstico, pois a família parece levar uma vida normal e tranqüila na comunidade.Em 90% dos casos notificados, “o autor é um membro da família da vítima, é alguém que ela ama, conhece e respeita” (Dias, 2007, p. 23) De acordo com Dias (2007), apenas 10 a 15% dos casos de abuso sexual são denunciados. 
Pelo motivo de que nem todos os casos de abusos sexuais são denunciados, os dados quantitativos a respeito da violência sexual são pouco..