Vereadores voltam a cobrar reforma do regimento interno da Câmara de Cuiabá

dilemarioO clima esquentou na sessão desta quinta-feira (13) na Câmara Municipal de Cuiabá. Os vereadores cobram que o regimento interno seja revisto com urgência, pois consideram que os trabalhos estão sendo prejudicados em função da demora na revisão, prometida durante a campanha para a eleição da Mesa Diretora pelo presidente eleito, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD).
A discussão começou depois que o vereador Ricardo Saad (PSDB), que ocupava interinamente a presidência, impediu vereadores inscritos no pequeno expediente de apresentarem suas propostas, em função do horário regimental já ter sido estourado.
Indignado com a atitude do presidente, o vereador Dilemário Alencar (PTB) e também o vereador Faissal Calil (PSB) reclamaram que estavam na Casa desde as 8 horas e seriam tolhidos de falar. Disseram que seriam punidos pela falta de compromisso dos demais colegas de parlamento, que sempre chegam atrasados para as sessões.
Foi nesse ponto que Dilemário cobrou a propalada revisão do regimento interno. “Vereador, o senhor não pode generalizar. Estou aqui desde as 10 pras oito. É preciso modificar o regimento interno como foi prometido em campanha. Já se passaram seis meses e temos pouco mais de um ano para discutir isso”.
Onofre Júnior (PSB), que também é membro da Mesa Diretora, concordou que a reforma no regimento interno precisa ser realizada. Porém, ponderou que enquanto isso não acontece “não adianta esbravejar”. “Não adianta chegar aqui 10 para as 8, se inscrever no pequeno expediente, ir para o gabinete e só voltar 10 horas para o plenário. Desse jeito, nunca há quórum”.
O presidente do Parlamento, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) garantiu que a reforma do regimento interno será discutida daqui a 15 dias. “Vamos receber técnicos do Congresso Nacional, representantes de 13 municípios, representantes de outras Câmaras Municipais para discutir esse assunto. Também vamos falar sobre como precisa ser feito o atendimento em gabinete”.