PCO - Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a violência acontece dentro de casa.
As agressões físicas, psicológicas e sexuais, deixam sequelas terríveis. O assunto foi abordado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que divulgou um recente estudo onde aponta que quase 40% das mulheres mortas no mundo foram assassinadas pelo marido, ou namorado.
A taxa de homicídio de mulheres por seus parceiros chega a 60% nos países asiáticos. A região com menor índice é a mediterrânea, 14,4%. De acordo com a ONU, mais de 600 milhões de mulheres vivem em países onde a violência doméstica não é considerada um crime.
Nesse contexto a OMS afirma ainda que mais de um terço de todas as mulheres do mundo é vítima de violência física ou sexual, e na maioria das vezes o abuso acontece também por parte do marido ou namorado.
Os números fizeram a organização considerar a violência contra mulheres um “problema de saúde global com proporções epidêmicas”. Foram analisados dados estatísticos de 169 países e 118 pesquisas envolvendo em todo o mundo quase 5000.000 pessoas. E também a criação de um termo específico para tratar essa violência e morte: feminicídio.
No México o assassinato de mulheres te características de pandemia e já virou até ditador popular: “Cuerpo de mujer: peligro de muerte” (Corpo de mulher: perigo de morte). Lá, mais de 34 mil mulheres foram assassinadas entre 1985 e 2009.
“Nossos resultados sublinham que as mulheres são desproporcionalmente mais vulneráveis do que os homens a sofrerem violência e assassinato cometidos pelo próprio parceiro, e suas necessidades foram negligenciadas por muito tempo”, diz Heidi Stöckl, pesquisadora da Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
O aumento de doenças sexualmente transmissíveis incluindo a AIDS e sífilis, em mulheres casadas, ou com relacionamento estável, são também resultado dessa violência.
No Brasil
O Mapa da Violência “elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça aponta que mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no Brasil nos últimos trinta anos, 43 mil delas só na última década. Entre 1980 e 2010,dobrou o índice de assassinatos de mulheres no país, passando de 2,3 assassinatos por 100 mil mulheres para 4,6 assassinatos por 100 mil mulheres. Esse número coloca o Brasil na sétima colocação mundial em assassinatos de mulheres, figurando, assim, dentre os países mais violentos do mundo nesse aspecto”.
No Rio Grande do Sul, apenas este ano foram registrados 1.040 casos de violência doméstica, o que representa um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em São Paulo, desde 2010 vem aumentando o número de estupros. Em 2013, até maio, foram registrados 37 casos de estupros por dia, 1113 este ano. Um aumento de 20% com relação a 2012. O estupro foi o crime que mais aumentou nos últimos anos no estado. No Rio de Janeiro o aumento foi de 24%, chegando a 1972 casos na cidade. O estupro coletivo de uma turista chocou o país, e mostrou o quão perversa pode ser a banalização dessa violência. Mas a violência por pessoas conhecidas continua prevalecendo.
No País, a violência doméstica ganhou lei específica em 2006, a Lei Maria da Penha. A lei, no entanto, não diminuiu os números. Inclusive por resistência da polícia e do judiciário que não aplica a lei no sentido de garantir a proteção das mulheres e também por falta de investimento público em ações que combatam essa violência.
A ausência de direitos democráticos elementares, como o direito ao aborto, são fatores que contribuem para a manutenção dessa situação. Mesmo porque não foram alteradas em nossa sociedade a condição subalterna das mulheres, que continuam sendo consideradas propriedade do homem, da Igreja e do Estado.
A taxa de homicídio de mulheres por seus parceiros chega a 60% nos países asiáticos. A região com menor índice é a mediterrânea, 14,4%. De acordo com a ONU, mais de 600 milhões de mulheres vivem em países onde a violência doméstica não é considerada um crime.
Nesse contexto a OMS afirma ainda que mais de um terço de todas as mulheres do mundo é vítima de violência física ou sexual, e na maioria das vezes o abuso acontece também por parte do marido ou namorado.
Os números fizeram a organização considerar a violência contra mulheres um “problema de saúde global com proporções epidêmicas”. Foram analisados dados estatísticos de 169 países e 118 pesquisas envolvendo em todo o mundo quase 5000.000 pessoas. E também a criação de um termo específico para tratar essa violência e morte: feminicídio.
No México o assassinato de mulheres te características de pandemia e já virou até ditador popular: “Cuerpo de mujer: peligro de muerte” (Corpo de mulher: perigo de morte). Lá, mais de 34 mil mulheres foram assassinadas entre 1985 e 2009.
“Nossos resultados sublinham que as mulheres são desproporcionalmente mais vulneráveis do que os homens a sofrerem violência e assassinato cometidos pelo próprio parceiro, e suas necessidades foram negligenciadas por muito tempo”, diz Heidi Stöckl, pesquisadora da Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
O aumento de doenças sexualmente transmissíveis incluindo a AIDS e sífilis, em mulheres casadas, ou com relacionamento estável, são também resultado dessa violência.
No Brasil
O Mapa da Violência “elaborado pelo Instituto Sangari/Ministério da Justiça aponta que mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no Brasil nos últimos trinta anos, 43 mil delas só na última década. Entre 1980 e 2010,dobrou o índice de assassinatos de mulheres no país, passando de 2,3 assassinatos por 100 mil mulheres para 4,6 assassinatos por 100 mil mulheres. Esse número coloca o Brasil na sétima colocação mundial em assassinatos de mulheres, figurando, assim, dentre os países mais violentos do mundo nesse aspecto”.
No Rio Grande do Sul, apenas este ano foram registrados 1.040 casos de violência doméstica, o que representa um aumento de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em São Paulo, desde 2010 vem aumentando o número de estupros. Em 2013, até maio, foram registrados 37 casos de estupros por dia, 1113 este ano. Um aumento de 20% com relação a 2012. O estupro foi o crime que mais aumentou nos últimos anos no estado. No Rio de Janeiro o aumento foi de 24%, chegando a 1972 casos na cidade. O estupro coletivo de uma turista chocou o país, e mostrou o quão perversa pode ser a banalização dessa violência. Mas a violência por pessoas conhecidas continua prevalecendo.
No País, a violência doméstica ganhou lei específica em 2006, a Lei Maria da Penha. A lei, no entanto, não diminuiu os números. Inclusive por resistência da polícia e do judiciário que não aplica a lei no sentido de garantir a proteção das mulheres e também por falta de investimento público em ações que combatam essa violência.
A ausência de direitos democráticos elementares, como o direito ao aborto, são fatores que contribuem para a manutenção dessa situação. Mesmo porque não foram alteradas em nossa sociedade a condição subalterna das mulheres, que continuam sendo consideradas propriedade do homem, da Igreja e do Estado.